sexta-feira, 26 de dezembro de 2008


Jesus volta a ser criança para dizer-nos que Deus não está distante.
Os anjos cantam novamente: paz aos homens por Ele amados.
Pedimos à tua imensa onipotência
que dobre e apague a arrogância da violência;
que elimine o ódio dos corações
e insira neles o amor:
que nenhuma nação no mundo
se lembre mais do que é a guerra.

Chiara Lubich

Arcebispo pede atenção ante mentalidade consumista no Natal

«Moderação no modo de pensar e de viver», afirma D. José Alves

O arcebispo de Évora (Portugal), Dom José Alves, pede que os fiquemos atentos diante da mentalidade consumista neste tempo de Natal.
«A sede do consumismo chega a ser avassaladora. E, quando está aliada com ideologias agnósticas e laicas, os seus efeitos tornam-se deletérios em relação ao Natal, que, sendo uma festa cristã, corre o risco de se paganizar, deslizando apenas para uma festa de família ou para a época das compras e dos presentes.»
«Os cristãos precisam estar atentos a estas mentalidades, que se vão arraigando no espírito das novas gerações», afirma o arcebispo, uma mensagem de Natal divulgada sexta-feira.
Dom José Alves explica que a mentalidade consumista «baseia-se no princípio da abundância material, promove o egoísmo e gera desinteresse pelos mais carentes da sociedade, em oposição ao sentido genuíno do Natal».
«Pois, o nascimento de Jesus fala-nos de ternura, de partilha, de amor, de humildade e de salvação da humanidade decaída no pecado.»
«Da humildade do presépio onde nasceu, Jesus continua a fazer-nos um veemente apelo à moderação no modo de pensar e de viver, combatendo os excessos desregrados», afirma o arcebispo.

Isso para que, «nesta época de crise econômica, os mais carentes também possam ter, na mesa da abundância, o lugar a que têm direito, no âmbito da saúde, da habitação, da educação, do trabalho e das condições mínimas para um estilo de vida saudável.»
«Quando a hipocrisia domina muitas das relações institucionais e o isolamento e a solidão afetam uma parte considerável da nossa população, é urgente que aprendamos com Jesus Cristo a reinventar um novo estilo de relação interpessoal», considera.
«Ele, que sempre estabeleceu relações autênticas de amor, de beleza e de bondade com o Pai e com todos quantos a Ele recorriam, convida-nos a viver a piedade, no seu sentido mais genuíno, tanto em relação a Deus como em relação aos nossos semelhantes.»
O arcebispo deseja que todos «saibam escutar a mensagem libertadora que brota do presépio e por ela aprendam a viver com moderação, justiça e piedade».

Bento XVI: crise econômica pode ajudar a viver Natal melhor

Bento XVI explicou na última quarta-feira que o Natal «corre o risco de perder seu significado espiritual» e que a atual crise econômica «pode ser um estímulo» para descobrir seu verdadeiro significado.
O Papa explicou o sentido desta «festa cristã universal», na qual «inclusive quem não se professa crente, de fato, pode perceber nesta celebração cristã anual algo extraordinário e transcendente, algo íntimo que fala ao coração», na catequese da audiência geral celebrada na Sala Paulo VI.
O Natal, afirmou, «é a festa que canta o dom da vida», o encontro «com um recém-nascido que chora em uma gruta miserável».
«O nascimento de uma criança deveria ser sempre um acontecimento que traz alegria» – acrescentou o Papa – e, contudo, não sempre é assim.
«Como não pensar em tantas crianças que ainda hoje vêem a luz em uma grande pobreza, em muitas regiões do mundo? Como não pensar nos recém-nascidos não acolhidos e rejeitados, nos que não chegam a sobreviver por falta de cuidados e atenção? Como não pensar também nas famílias que desejaram a alegria de um filho e não vêem realizada esta esperança?»
Neste sentido, o Papa pediu aos cristãos que no Natal «não pensem só em si mesmos, mas que se abram às expectativas e necessidades dos irmãos».
«Desta forma nos converteremos também em testemunhas da luz que o Natal irradia sobre a humanidade do terceiro milênio», uma luz «capaz de transformar nossa existência».
Neste sentido, afirmou, a atual crise econômica pode ser um momento oportuno para redescobrir o significado desta festa, já que, «sob o impulso de um consumismo hedonista, infelizmente, o Natal corre o risco de perder seu significado espiritual para reduzir-se a uma mera ocasião comercial de compras e troca de presentes».
«As dificuldades, as incertezas e a própria crise econômica que nestes meses tantas famílias estão vivendo, e que afeta toda a humanidade, podem ser um estímulo para descobrir o calor da simplicidade, da amizade e da solidariedade, valores típicos do Natal.» Então, concluiu, «despojado das incrustações consumistas e materialistas, o Natal pode converter-se assim em uma oportunidade para acolher, como presente pessoal, a mensagem de esperança que emana do mistério do nascimento de Cristo».
«Fez-se pequeno para libertar-nos dessa pretensão humana de grandeza que surge da soberba; encarnou-se livremente para fazer-nos verdadeiramente livres, livres para amá-lo.»
No natal confluem, portanto, dois caminhos, sobre os quais o Papa convida à reflexão nestas festas: «por um lado, o dramatismo da história na qual os homens, feridos pelo pecado, estão permanentemente buscando a felicidade e um sentido satisfatório da vida e da morte». E por outro, «a bondade misericordiosa de Deus, que saiu ao encontro do homem para comunicar-lhe diretamente a Verdade que salva e torná-lo partícipe de sua amizade e de sua vida», concluiu.
(Fonte: Agência Zenit)

Além das chuvas, buscar outras causas da catástrofe no sul do Brasil

Bispo de Blumenau, uma das regiões mais atingidas, levanta questionamentos

O bispo de Blumenau, uma das regiões mais atingidas pela tragédia ambiental em Santa Catarina, afirma que é preciso buscar outras causas do evento além das chuvas.
«Precisamos buscar, mais profundamente, outras causas de tantos desmoronamentos, mortes, feridos e desabrigados», afirma Dom Angélico Bernardino, em artigo difundido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) essa sexta-feira.
«Fiquemos nos municípios atingidos, na diocese de Blumenau, onde tantas mortes aconteceram, casas foram destruídas, arrozais e outras plantações comprometidas, ruas, estradas obstruídas», destaca.
Dom Angélico questiona onde está o planejamento urbano preventivo e recorda que nos anos 1983 e 1984 já ouve outras enchentes. O bispo aponta a falta de atenção com os morros e as encostas. «Tivemos enxurradas generalizadas, enchentes em Navegantes, mas o desastre maior desceu dos morros», afirma.
O prelado questiona a atenção que se dá, nos planejamentos municipais, à Defesa Civil; também se há estudos sérios, abalizados, sobre a qualidade do solo e sua ocupação.
«Por que as encostas dos morros são chanfradas e os barrancos não recebem tratamento adequado? Onde e como estão os muros de arrimo? Por que o Poder Público se curva diante dos interesses da exploração imobiliária?»
O bispo denuncia que locais condenados à habitação por estudos feitos há 25 anos, «por exemplo no morro Coripós, continuaram habitados, com o Poder Público conivente, a cobrar dos moradores, imposto e taxas de água, luz».
«Por que o caminho das águas que descem dos morros não é respeitado e sua vazão não é prevista? Por que, em muitos locais o pinus e o eucalipto imperam (região do Baú), a serviço do interesse de serrarias?»
Dom Angélico questiona ainda qual é «a segurança efetiva que é oferecida à população que vive ao lado do gasoduto que corta a Região e acabou explodindo em Belchior, Gaspar?»
«Por que os Municípios não têm sério plano habitacional contemplando, de maneira especial, os pobres, os menos favorecidos economicamente falando? Por que há tanto esmero em maquiar a cidade e não há atendimento solucionador de seus problemas básicos?», questiona.
O bispo de Blumenau aponta ainda a «urgente necessidade» de se respeitar o meio ambiente.
Passados os primeiros momentos de dor e sofrimento –assinala o bispo–, «em que maravilhosa rede de solidariedade nos envolve, é chegado o momento da reconstrução alicerçada na descoberta das causas profundas da catástrofe e das soluções que se fazem necessárias».
(Fonte: Agência Zenit)

Bento XVI pede orações pela expansão da cultura da vida

Intenção para dezembro

Bento XVI pede orações, neste mês de dezembro, para que a cultura da vida possa expandir-se graças à obra da Igreja. O pontífice o propõe a oração na iniciativa seguida por cerca de 50 milhões de pessoas dos cinco continentes, para cada mês que começa. O Papa apresenta duas intenções de oração, uma geral e outra missionária.
A intenção geral do mês de dezembro diz assim: «Para que frente à crescente expansão da cultura da violência e da morte, a Igreja, por meio de suas atividades apostólicas e missionárias, promova com valentia a cultura da vida».
A intenção missionária se inspira no Natal já próximo: «Para que os cristãos, especialmente nos países de missão, por meio de gestos concretos de fraternidade, mostrem que o Menino na gruta de Belém é a luminosa esperança do mundo».

Crescimento econômico

Desigualdade aumenta nos países ricos

Um relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado em setembro, revelou que a pobreza e a desigualdade estão aumentando na maioria dos países ricos. Entre aqueles países em que houve, nos últimos 20 anos, maior avanço da disparidade entre pobres e ricos estão Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália e Noruega.
O estudo apontou que, no conjunto dos 30 países membros da OCDE, as desigualdades aumentaram de 7% a 8% em relação aos anos 80 do séc. XX, enquanto o número de pobres subiu de 9,3% para 10,6% da população.
A conclusão do relatório é que o crescimento econômico verificado nas duas últimas décadas, calcado na ampliação do livre mercado e na globalização econômica, resultou no maior enriquecimento daqueles que já ocupavam o topo da pirâmide social e em uma menor mobilidade social. Os pobres continuaram pobres ou ficaram ainda menos favorecidos.
De acordo com o documento, a faixa dos 10% mais pobres da população dos países da OCDE precisa sobreviver com uma renda de US$ 6 mil ao ano, enquanto os mais ricos ganham entre nove e onze vezes mais, em média. Outra conclusão é que dos países em desenvolvimento que integram a organização, a Índia e a China não figuram na lista daqueles em que as desigualdades aumentaram. Nesses países, houve maior mobilidade social que resultou num efetivo desenvolvimento.
(Fonte: Editora Cidade Nova na internet. www.cidadenova.org.br)

Crise: catástrofe se for administrada somente por países ricos

Advertência da Santa Sé na conferência de Doha

A Santa Sé advertiu que a crise financeira se converterá em uma catástrofe se for administrada unicamente pelos países ricos. O aviso foi lançado pelo arcebispo Celestino Migliore, observador permanente na sede da ONU em Nova York, um dia antes do início da Conferência promovida pela Assembléia Geral das Nações Unidas em Doha, Qatar.
Até o dia de hoje, chefes de Estado, de governo e a reunião das principais instituições e agências de desenvolvimento fizeram um balanço de iniciativas e projetos orientados à cooperação internacional. Após a reunião do G-20 de Washington, que buscou soluções a médio prazo para a crise dos mercados financeiros, o Fundo Monetário Internacional falou da possibilidade de uma nova catástrofe financeira.
«Já há tempos nos encontramos em meio a uma crise financeira que poderá converter-se em catástrofe se não evitarmos seus efeitos sobre outras crises: a econômica, a alimentar, e a energética», explicou Dom Migliore aos microfones da Rádio Vaticano.
«Parece que é necessário um regresso decidido do setor público aos mercados financeiros; é necessário aumentar a coordenação e a união na busca de soluções; é necessário recuperar algumas dimensões básicas das finanças, ou seja, a primazia do trabalho sobre o capital, das relações humanas sobre as meras transações financeiras, da ética sobre o critério da eficácia», considera Migliore.
Ao mesmo tempo, o prelado pede que se evite o processo «financiamento da economia para adotar critérios mais coerentes com a pessoa humana, que dirige e se beneficia da atividade financeira», afirma Migliore. Por isso, conclui, o problema é ético.
«E havia muitas regras e códigos éticos antes da crise; o problema é que se dava uma grande impunidade para quem não os respeitava – declara. É também uma questão de liderança, de autoridade moral dos governantes em todos os níveis, que têm a responsabilidade primária de proteger os cidadãos, sobretudo os trabalhadores, as pessoas normais que não têm a possibilidade de acompanhar a complicada engenharia financeira e que têm de ser defendidas dos enganos e dos abusos dos entendidos...»

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A ganância resultou na crise econômica mundial

O alívio proporcionado pela ajuda dos governos dos países desenvolvidos aos bancos que estavam sendo arrasados pela crise internacional na economia não diminui a gravidade da denúncia feita pelo prêmio Nobel da Economia, Muhammad Yunus. "Foi o excesso de ganância que resultou na crise", afirmou o Nobel.
Segundo ele, a "ganância" das grandes empresas e mesmo dos bancos transformou os mercados em negócios de risco semelhantes a cassinos e levou o mundo ao colapso econômico atual, conforme entrevista concedida ao jornal O Globo (12/10).
O economista bengalês Muhammad Yunus foi escolhido Nobel da Economia em 2006, por ter fundado o Gramen Bank. Conhecida como o "banco dos pobres", a instituição baseia-se no microcrédito, no qual pessoas abaixo da linha da pobreza fazem empréstimos com o compromisso de gerarem os próprios meios de subsistência.

Islâmicos pedem por "irmãos cristãos" no Iraque

A Conferência Islâmica, entidade que reúne 57 países muçulmanos, interveio junto ao governo de Bagdá para que seja posto um ponto final à "violência sem precedentes" que tem se abatido sobre os cristãos iraquianos em Mosul.
A Conferência reivindicou que o governo "identifique os responsáveis que estão por trás de tais atos para pôr um fim aos sofrimentos de nossos irmãos cristãos, e que providencie proteção" para as vítimas dos ataques.
O protesto da entidade ocorreu simultaneamente ao anúncio do governo iraquiano de que enviaria uma comissão a Mosul para tratar da questão.

Papa deseja êxito a encontro entre cristãos e muçulmanos

Bento XVI fez chegar aos participantes no Encontro Islâmico-Cristão de Castel Gandolfo um telegrama que expressa seu desejo de que este evento “suscite renovados propósitos cordiais de fraternidade e sincero compromisso em favor do diálogo recíproco no respeito da dignidade de toda pessoa humana”.
No telegrama, firmado pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, o Papa conclui invocando o “Deus altíssimo e misericordioso, para que siga guiando sempre o caminho da humanidade no caminho da justiça e da paz”.
A mensagem foi acolhida calorosamente pelos cerca de 200 participantes, muçulmanos e cristãos, do encontro que iniciou na quinta-feira passada, na Mariápolis de Castel Gandolfo, com o tema “Amor e Misericórdia na Bíblia e no Alcorão”.
O evento é promovido pelo movimento dos Focolares e celebra-se desde 1992, ainda que as primeiras iniciativas de diálogo começaram em Magreb, há décadas. No encontro atual, participam representantes de países como Jordânia, Líbano, Turquia, Estados Unidos, Itália.
Entre os conferencistas, destacou-se a participação, no sábado, do cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, que falou da importância do diálogo inter-religioso para a paz entre os povos.
O cardeal Tauran explicou em sua intervenção que o diálogo inter-religioso “não tenta estabelecer, com um critério redutivo e sincretista, uma base comum minimalista de verdades religiosas”, mas sim “reconhecer que todos os que estão em busca de Deus ou do Absoluto têm a mesma dignidade”.
Existe, “graças, sobretudo aos muçulmanos”, um retorno da religião ao cenário mundial, como contribuição essencial para estruturar a sociedade internacional do século XXI, inclusive mais que as ideologias do século XX”, explicou o purpurado. “Não se pode entender o mundo de hoje sem as religiões”, acrescentou.
No entanto, precisamente por isso, é necessário que as religiões “não se convertam em fontes de medo, coisa que hoje sucede, infelizmente, por culpa dos fundamentalismos exasperados”, explicou. “É fato que hoje se mata por motivos religiosos, mas não são as religiões que fazem guerra. Daí nasce a necessidade de pôr as mensagens das religiões a serviço de um projeto de santidade”.
O diálogo entre as religiões, concluiu, deve ser considerado “quase como uma peregrinação”, pois quando “se conversa com um seguidor de outra religião, é necessário ter a atitude de quem se põe a caminho com ele e toma em consideração convicções diferentes das próprias sobre os grandes questionamentos que interpelam o ser humano”.
“Não é a própria fé que deve ser questionada, mas a forma de vivê-la na existência concreta”, acrescentou.

As urgências da economia global

O ingente plano para salvar a crise das economias mais desenvolvidas demonstra que poderia fazer-se mais pelo desenvolvimento, explica o porta-voz vaticano.

O Pe. Federico Lombardi, S.J., diretor da Sala de Informação da Santa Sé, faz uma análise das «urgências da economia global», no último editorial de Octava Dies, semanário do Centro de Televisão do Vaticano, do qual também é diretor.

«Os compromissos econômicos assumidos de forma intempestiva para salvar o sistema financeiro americano e de repercussão internacional são impressionantes em suas dimensões», reconhece.

O porta-voz cita a intervenção ante as Nações Unidas no debate de verificação sobre a atuação da Declaração do Milênio contra a pobreza, a fome, a ignorância e as doenças, que apresentou o representante vaticano, o arcebispo Celestino Migliore, que constatou que o esforço para salvar da crise as economias mais desenvolvidas é muito superior à ajuda total internacional mundial.

«Sem deixar de considerar a urgência para superar esta crise», o porta-voz propõe esta pergunta: «não se pode e não se deve fazer mais para salvar as economias e promover o desenvolvimento dos países mais pobres?».

«Não se pode esquecer que os recursos necessários para aliviar os mais pobres são menores, comparando-os com os gastos militares mundiais ou com os gastos dos povos ricos, para satisfazer necessidades que não são primárias», denuncia.

O Pe. Lombardi reconhece que «estas reflexões podem parecer óbvias e inclusive ingênuas, mas na realidade são essenciais desde uma perspectiva de amplo horizonte que leve em conta os mesmos interesses gerais da humanidade, orientada a um desenvolvimento pacífico e equilibrado, a favor de todos».

O porta-voz conclui recordando as palavras que Bento XVI pronunciou no Ângelus do domingo, 21 de setembro, quando afirmou que o compromisso por erradicar a pobreza e as pandemias, «ainda exigindo especiais sacrifícios neste momento de dificuldades econômicas mundiais, não deixará de produzir importantes benefícios, tanto para o desenvolvimento das nações que precisam de ajuda do exterior como para a paz e o bem-estar de todo o planeta».
(Fonte: Zenit.org)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Economia de Comunhão


Em tempos como o de hoje, várias vezes nos perguntamos se estamos no caminho certo, se a humanidade tem feito as escolhas certas sobre seu presente e futuro. A economia, por exemplo, está diante de uma reviravolta: os processos de globalização podem oferecer novas oportunidades a tantos excluídos do bem estar, ou transformar o mundo em um grande supermercado, onde a única forma de relacionamento humano é o econômico e tudo se torna mercadoria. Nesse contexto, surge a Economia de Comunhão (EdC), resposta suscitada para dar uma alma à era da globalização. Criada aqui no Brasil, em 1991, EdC foi projeto de Chiara Lubich, que se chocou com a extrema pobreza e enorme quantidade de favelas. Foi tomada por forte impressão, devido principalmente ao enorme contraste entre aqueles barracos e tantos e modernos arranha-céus. “É preciso suscitar, no mundo, uma comunhão de bens mais justa e a solidariedade entre todos. Mas sabemos que os bens não se movem sozinhos. É preciso antes mobilizar os corações, difundindo, da forma mais ampla possível, a idéia e a prática da fraternidade. A 'Economia de Comunhão' confirma isso de um modo extraordinário: uma experiência de economia solidária.” (Chiara Lubich)
A idéia-inspiração, portanto, direcionada aos envolvidos no meio empresarial, foi aquela de estender a dinâmica da comunhão entre as pessoas da própria empresa, convidando-as a colocar em comum os próprios dons. A condição prévia era que a empresa fosse eficiente. EdC trata-se de uma rede mundial de iniciativas empresariais e de pessoas, que têm por fundamento a ‘cultura da partilha’, derivada da prática da comunhão dos bens, ou seja, da comunhão de recursos materiais e espirituais colocados em circulação no tecido social, tendo em vista a realização plena da justiça. Os empresários que livremente aderem ao projeto decidem colocar em comunhão os lucros da empresa segundo três finalidades de igual relevância: ajudar as pessoas em dificuldade financeira, criando novos postos de trabalho e suprimindo suas necessidades elementares; difundir a "cultura da partilha" sem a qual é impossível realizar uma Economia de Comunhão; desenvolver a empresa, que deve ser eficiente e permanecer aberta a esse novo estilo de gestão empresarial.
Hoje a Economia de Comunhão está difundida em aproximadamente 40 países envolvendo quase 800 empresas. Talvez nos indagássemos, é utopia uma economia de comunhão? É preferível pensá-la como uma profecia, uma realidade que antecipa, como sinal, a economia de amanhã, um amanhã que não poderá não ser de comunhão.
Diante disso, EdC promoverá em Brasília, no próximo dia 18, um fórum, com o título “Muitos desafios, uma proposta”. Será no auditório do Conselho Regional de Contabilidade (503 sul), das 14h30 às 20h. É, sem dúvidas, uma oportunidade única de descobrirmos uma nova forma de Economia, próxima do que de fato deveria permear nossa sociedade. Será emitido certificado de participação a todos os presentes do evento, que contará com a participação de especialistas na área, bem como importantes palestras sobre o projeto Economia de Comunhão. Não perca! Mais informações no nosso espaço virtual (portalnovahumanidade.blogspot.com) ou pelos telefones 8146 0029 e 3273 9483. Se desejar, mande ainda um email para o endereço edccentrooeste@gmail.com.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A última saudação ao Imã da paz, W. D. Mohammed


“Mais do que nunca nos comprometemos em percorrer juntos o caminho que esses nossos grandes guias abriram para nós”, escreveu a presidente dos Focolares, Emmaus Maria Voce aos familiares e aos seguidores “do muito amado Imã W. D. Mohammed, que ofereceu a sua vida pela paz e a fraternidade universal”.
Uma profunda amizade espiritual ligava, há mais de dez anos, Chiara Lubich e o Imã, reconhecido, pela sua autoridade moral, o maior líder dos muçulmanos afro-americanos, falecido em sua casa, em Markhan, no estado de Illinois, dia 9 de setembro passado, aos 74 anos.
“As milhares de pessoas vindas de todo os Estados Unidos para os seus funerais, prestam homenagem – como se lê na imprensa americana – ao maior líder muçulmano dos Estados Unidos”.
E comenta: “Grupos de muçulmanos, um tempo feridos por divisões internas, encontraram-se unidos diante de um homem que deu sua vida para transmitir a unidade”. Um seguidor do imã, presente nos funerais afirmou: “O dia 11 de setembro de 2001 foi um dia triste para os muçulmanos. Mas para nós este é um dia que nos enche de orgulho”.
Em 1975, prestes a falecer, seu pai, Elijah Mohammed, confiou-lhe a condução da comunidade afro-americana “Nation of Islam”, fundada por ele para resgatar os valores morais e sociais dos afro-americanos. W. D. trabalhou para conduzir os seus seguidores a um Islã mais fiel às raízes, colocando em relevo a tolerância racial e a universalidade do Islã. Foi um construtor de pontes entre os muçulmanos afro-americanos e os muçulmanos imigrados do Oriente Médio e da Ásia aos Estados Unidos, com os cristãos, entre brancos e negros. Pelo seu extraordinário trabalho no campo inter-religioso, foi nomeado, em 1994, um dos Presidentes Internacionais do “World Council for Religions and Peace” (Conselho Mundial das Religiões pela Paz).
A viagem comum dos seguidores do Imã Mohammed e de Chiara Lubich teve início no histórico dia 18 de maio de 1997, na Mesquita Malcolm Shabazz (também conhecido como Malcolm X), em Harlem, Nova Iorque. Era a primeira vez que uma mulher cristã, branca, tomava a palavra naquela mesquita. Três mil muçulmanos e uma boa representação de membros do Movimento dos Focolares estavam presentes. Enquanto Chiara contava a sua experiência cristã, citando o Evangelho e algumas frases do Alcorão, que ilustravam o que temos em comum, por diversas vezes foi interrompida por freqüentes aplausos e gritos de “Deus é Grande”. Pouco depois, em um encontro particular, W.D. Mohammed e Chiara estabeleceram um pacto, no nome do Deus único: trabalhar sem tréguas pela paz e a unidade.
A fidelidade a este pacto trouxe inúmeros frutos de unidade entre as comunidades dos Focolares e os seus seguidores, o diálogo que se desenvolveu tornou-se sinal de esperança, luz para muitas pessoas. A sua importância revelou-se, de modo especial, após os atentados do dia 11 de setembro.
Seguiram-se várias viagens do Imã Mohammed e seus seguidores a Roma, para participarem de encontros inter-religiosos organizados pelo Movimento dos Focolares. Em 1999, como representante de todo o mundo muçulmano, ele foi convidado a falar no grande encontro inter-religioso, em preparação do Jubileu do ano 2000, na Praça de São Pedro, na presença do Papa João Paulo II. Naquela ocasião o Papa encorajou e abençoou o diálogo iniciado com o Focolare.
Em 2000 convidou novamente Chiara para falar a 7 mil muçulmanos e cristãos, reunidos em Washington, no encontro cujo título era “Faith Communities Together” (Comunidades religiosas Juntas), porque, dizia, “a América precisa escutar a sua mensagem, ver esta unidade que nos liga”.
A partir daquele momento nasceram e continuam a se desenvolver, em muitas cidades dos Estados Unidos (de Washington a Los Angeles, Miami, Chicago, Nova Iorque, ecc) Encontros no Espírito da Fraternidade Universal, encontros de diálogo, nos quais são aprofundados os pontos da espiritualidade da unidade, seja do ponto de vista cristão seja muçulmano, com intercâmbio de experiências concretas de vida.
Há poucos dias aconteceram os últimos contatos dos responsáveis dos Focolares em Chicago com o Imã Mohammed. Ele, de fato, havia programado a sua presença, com um grupo de seus colaboradores, no próximo congresso internacional de diálogo islâmico-cristão, que acontecerá em Castelgandolfo, de 9 a 12 de outubro próximo. Mas o médico lha havia proibido viagens longas, devido a distúrbios cardíacos.
Homem profundamente de Deus, o Imã Mohammed, durante o encontro nacional de seu movimento, em 2005, falando a 4 mil de seus seguidores, havia afirmado com força: “Devemos amar a todos como devem ser amados; devemos amar os cristãos de modo que se tornem melhores cristãos; devemos amar os muçulmanos de modo que se tornem melhores muçulmanos”.
Quando perguntou-se a Chiara acerca do seu relacionamento com o Imã Mohammed ela respondeu: “Sinto-me à vontade com ele, porque me parece que o Senhor o colocou ao nosso lado, como nos colocou ao seu lado, por um plano especial do Seu amor, que entenderemos à medida que formos adiante na nossa comunhão, trabalhando juntos”.
E o Imã Mohammed declarou em uma entrevista: “Creio que é possível nos libertarmos do veneno dos preconceitos se somos curados espiritualmente. É isso que podemos mostrar, como pessoas de religiões diferentes se reconhecem parte de uma única humanidade. Acredito que estamos fazendo um grande trabalho, que tornamos possível, a pessoas que se odiavam, libertar-se do ódio, encontrar uma vida nova, uma nova felicidade, porque o peso dos preconceitos foi retirado de seus corações”.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Papa pede maior empenho contra pobreza

Une-se ao «chamado à solidariedade» dos bispos aos líderes políticos mundiais

Papa Bento XVI uniu-se no domingo, dia 6, ao «chamado à solidariedade» feito pelos bispos antes da reunião dos Chefes de Estado e de Governo dos países membros do G8, que se encontram a partir de amanhã no Japão.
Esta declaração foi realizada hoje, imediatamente depois da oração do Angelus, em seu breve discurso aos peregrinos reunidos no Pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo.
A reunião do G8 reunirá os representantes dos Estados Unidos, Grã Bretanha, Alemanha, França, Itália, Canadá, Japão e Rússia na localidade japonesa de Hokkaido-Toyako, junto com outros líderes mundiais. A reunião, que terminará em 9 de julho, tratará, entre outras questões, do desenvolvimento e da mudança climática.
O Papa pede aos líderes políticos mundiais que «levem a cabo as tarefas assumidas nas precedentes reuniões do G8 e adotem valentemente todas as medidas necessárias para vencer o flagelo da pobreza extrema, da fome, das enfermidades, do analfabetismo, que aflige ainda a grande parte da humanidade».
A voz do Papa une-se assim à dos bispos dos países do G8, os quais dirigiram uma carta a seus governantes, pedindo-lhes que mantenham seu compromisso, adotado na reunião de 2005, de destinar cada ano 50 bilhões de dólares para ajuda ao desenvolvimento, até 2010.
«Uno-se também a este grave chamado à solidariedade», afirmou o Papa.
O pontífice dirigiu-se «aos participantes no encontro de Hokkaido-Toyako», e lhes pediu que «no centro de suas deliberações ponham as necessidades das populações mais fracas e mais pobres».
Estes países, afirmou, são «cada vez mais vulneráveis por causa das especulações e das turbulências financeiras e de seus efeitos perversos sobre os preços dos alimentos e da energia».
«Auguro que a generosidade e a longanimidade ajudem a tomar decisões de face a relançar um processo eqüitativo de desenvolvimento integral, para salvaguardar a dignidade humana», acrescentou o Papa.
Também o cardeal Oscar Rodríguez Maradiaga, presidente da Cáritas Internacional, expressou seu apoio a este chamado à solidariedade, afirmando que o G8 «deve adotar medidas urgentes para poder alcançar um dos principais Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a drástica redução da pobreza antes de 2015».
O cardeal pediu aos líderes que «mantenham as promessas feitas no passado sobre a quantidade e a qualidade das ajudas».

Diálogo Inter-religioso como modo de vida

O Arcebispo Michael Fitzgerald, Núncio Papal no Egito fala a partir de Sydney da dimensão ecumênica do Dia Mundial da Juventude.

“É uma excelente iniciativa. Parece-me muito importante que esta dimensão faça parte do Dia Mundial da Juventude, de fato é hoje uma dimensão da vida cristã.”
Ele explica que o diálogo com crentes de outras religiões não deve limitar-se apenas a grandes eventos oficiais, mas deve ser uma forma de vida para os católicos.
“Não tem de aparecer todas as vezes em primeira página dos jornais. Nem sempre. Não tem de ser sempre o Dia Mundial da Juventude. Pode ser coisas simples, as pessoas do bairro juntarem-se, conhecerem-se, celebrar juntas os dias de festa, ou convidar para os seus dias de festa.”
O diálogo, disse, não significa comprometer doutrinas inerentes, mas antes é uma aproximação de abertura e respeito mútuo.
“Porque às vezes existe o medo de que se te aproximas de pessoas de outras religiões logo estás necessariamente diluindo a tua própria fé. E este não é o caso. Um bom exemplo disso é João Paulo II.”
De acordo com o Arcebispo, ex-presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, a interação de budistas, muçulmanos e cristãos de várias denominações no Dia Mundial da Juventude é algo muito positivo.
“Quanto mais nos encontramos, nos damos a conhecer e estamos dispostos a colaborar tanto melhor será.”
(Fonte: Agência H2O News.)

CNBB incentiva ação contra aborto

Comissão do Congresso rejeitou projeto anti-vida

Na quarta-feira, dia 11, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados do Brasil rejeitou o projeto de lei que legalizaria o aborto no Brasil (PL 1135/91).
A matéria já havia sido rejeitada pela Comissão de Seguridade Social e Família, no dia 7 de maio.
Em nota divulgada essa quinta-feira, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) afirma que, «após longo debate, concluiu-se que tal projeto de lei é inconstitucional, e que o direito à vida, assegurado no artigo 5º da Constituição Federal, constitui um valor supremo, do qual decorrem todos os demais direitos».
Assim --destaca o texto, assinado pelo secretário-geral, Dom Dimas Lara--, «mais uma vez, foi respeitada a voz da grande maioria da população brasileira, que é decididamente contrária à prática do aborto e que defende a vida e a dignidade humana, desde a fecundação, até seu declino natural».
A nota recorda que na Carta Encíclica Evangelium vitae, o Papa João Paulo II afirma que “o ser humano deve ser respeitado e tratado como uma pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse mesmo momento, devem-lhe ser reconhecidos os direitos da pessoa, entre os quais e primeiro de todos, o direito inviolável de cada ser humano inocente à vida” (EV 60).
«Assim, matar um ser humano é sinal de desvalorização da vida, que precisa ser protegida em toda e qualquer circunstâncias, independentemente de há quanto tempo e de como está existindo», afirma o organismo episcopal.
A CNBB dirige uma palavra de «incentivo e reconhecimento a todos os deputados e deputadas que votaram pela vida dos nascituros, bem como aos Movimentos em Defesa da Vida».
A Conferência também louva o trabalho daqueles que, «de alguma forma se empenham firmemente na difícil tarefa de promover e defender a vida humana, compreendida como dom de Deus e co-responsabilidade de todos, da concepção até sua morte natural».
(Fonte: Agência ZENIT.)

Papa convida os líderes religiosos a unirem-se em prol da paz

A religião deve ser fator de paz e não de violência, testemunho de amizade e convivência recíproca e não de ódio. No âmbito do compromisso para a reconciliação dos povos e do diálogo inter-religioso realizou-se, na Catedral de Santa Maria em Sydney, o encontro de Bento XVI com cerca de quarenta líderes de todas as confissões. “Em um mundo ameaçado por sinistras e indiscriminadas formas de violência”, disse o Papa, as religiões estimulam “as nações e as comunidades a resolverem os conflitos com instrumentos pacíficos no pleno respeito da dignidade humana”. A esse propósito, Bento XVI recordou que “as relações humanas não podem ser definidas em termos de poder, domínio e interesse pessoal”. O papa voltou em seguida ao tema da tutela do ambiente. Ensinando a “temperança e a abnegação e o uso moderado dos bens terrenos” disse o Pontífice, as religiões levam homens e mulheres a “considerar o ambiente como uma coisa maravilhosa a ser admirada e respeitada ao invés de uma coisa útil simplesmente a ser consumada”. As confissões, sublinhou o papa, devem cooperar também na educação dos jovens, como ocorre na Austrália, onde “a religião foi um fator motivador na fundação de muitas instituições educacionais, e com todo o direito continua a ocupar hoje um seu lugar nos currículos escolares”.
(Fonte: Agência ZENIT.)

60º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”. Esse é o artigo número 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 60 anos em 10 de dezembro. O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil, em parceria com outras entidades, realiza neste domingo (20/7), em São Paulo, dois eventos comemorativos do aniversário da Declaração, um dos documentos mais importantes de suporte à paz universal.
Após abertura solene, às 15h, houve o lançamento do “Troféu Especial de Imprensa ONU: 60 Anos de Direitos Humanos” e a entrega do Prêmio Vladimir Herzog, na Cúria Metropolitana da Arquidiocese de São Paulo. Às 18h, em endereço próximo, no Colégio Sion, a Comunidade Coral Luther King apresentou o Concerto sobre a Justiça, com o Maestro Martinho Lutero e a participação especial de Eva Wilma. O evento tem também o apoio da Comissão de Justiça e Paz (SP); comissão do Prêmio Vladimir Herzog; Oboré Projetos Especiais; e Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
(Fonte: Ed. Cidade Nova na internet.)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

“Encontrem na amizade com Jesus a alegria de anunciá-lo aos vossos coetâneos”

Na audiência geral de quarta-feira, 11 de junho, na Praça São Pedro, em Roma, Papa saúda as crianças do Movimento dos Focolares

Antes de sair de seus países tinham escrito: “No nosso congresso, em Roma, vamos nos encontrar com todas as gen 4 do mundo. Gostaríamos muito de cumprimentar o senhor pessoalmente”. E o “sonho impensável” se tornou realidade!
Uma centena de gen 4 (crianças de 4 a 8 anos, pertencentes ao Movimento dos Focolares), provenientes de vários países, especialmente extra-europeus, tiveram a alegria de saudar o Papa Bento XVI.

Passando entre os presentes na praça o Papa parou, por alguns momentos, com as meninas que se apresentaram como “representantes de todas as gen 4 do mundo”, e lhe presentearam com o Dado do Amor e a última publicação dedicada aos gen 4 e que reúne as suas experiências (“Il segreto del dado dell’amore”, editora Città Nuova).
No final da audiência o Papa lhes dirigiu algumas palavras: “Agradeço pela presença de vocês e faço votos que encontrem na amizade com Jesus a força necessária para anunciá-lo, com alegria e entusiasmo, aos vossos coetâneos, preparando-se, dessa maneira, para assumir as funções que as aguardam na Igreja e na sociedade”.

As gen 4 participaram de seu congresso internacional, em Castelgandolfo, de 12 a 15 de junho. Eram mais de 850, provenientes de 25 países. O congresso, que teve como título “Assim na terra como no céu”, previa, entre outras coisas, a projeção de vídeos de encontros que tiveram com Chiara, aprofundamentos sobre a vida de Jesus usando representações teatrais, uma linguagem ideal para a idade delas, usada como meio eficaz para aprender as bases do catecismo, encontros com protagonistas do início do Movimento, um grande jogo, com 20 etapas que recordavam vários episódios da vida de Chiara.

Sábado, 14 de junho, o encontro abriu-se a um público maior, a quem as gen 4 ofereceram uma festa em homenagem a Chiara, com cantos, danças, cartinhas e venda de produtos confeccionados por elas mesmas, para exprimir a gratidão de todas a Chiara.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Run4unity/2 - A proposta dos adolescentes para mudar a cidade


Em conexão via satélite com 350 cidades, a partir de Praça Navona – Roma, lançamento do projeto “Vamos Colorir a Cidade”. Com entrevistas, coreografias, testimunhos, projetos, música e folclore dos 5 continentes. Transmissão direta para todo o planeta

“Vamos Colorir a Cidade”, um programa aberto ao futuro, para dar nova vida às cidades, cujos protagonistas são os adolescentes (dos 9 aos 16 anos). Foi lançado há três anos por Chiara Lubich que confiou a sua atuação ao Movimento Juvenil pela Unidade. Está sendo atuado nos cinco continentes. Na Praça Navona (Roma) os adolescentes irão lançá-lo novamente aos seus coetâneos e ao mundo dos adultos. Na praça estarão mais de 2000 jovens.

Os 6 pontos do projeto serão expressos com a original linguagem dos sinais matemáticos: + amor; - sofrimento; : com-partilhar; % o cêntuplo prometido pelo Evangelho; x cada um; ninguém excluído; = um, um mundo unido na fraternidade. E ainda com a demonstração concreta das experiências.

O revezamento ligará idealmente todos os continentes, com a passagem do bastão aos vários fusos horários. Uma corrida que tocará os pontos mais quentes do mundo, para exprimir o empenho de paz e unidades dos mais jovens.

Das 13 às 14h15 (horário de Brasília) – Graças à transmissão direta, via satélite, os adolescentes de todo o mundo – 100 mil, segundo as previsões- estarão reunidos para um encontro mundial.
Esta segunda edição de Run4unity tem uma característica especial: “Eu estarei na Praça Navona, como posso”, Chiara Lubich havia garantido aos adolescentes do Movimento Juvenil pouco antes de deixar esta terra e após ter acompanhado, a cada passo, a preparação deste evento. É a ela que os jovens, de todo o mundo, desejam dedicar Run4ynity 2008, como um “obrigado” mundial e para testemunhar o próprio compromisso em continuar a corrida para a atuação do seu sonho, a realização do testamento de Jesus: “que todos sejam um”.

É justamente da experiência de Chiara que se origina o projeto “Vamos colorir a cidade”. Como ela e os primeiros jovens que iniciaram em Trento, recuperando, com o Evangelho vivido, o tecido fragmentado da cidade, para depois alargar a sua ação até os confins do mundo, da mesma forma os adolescentes querem repetir esta experiência nas cidades de todo o planeta, colorindo com o amor “os ângulos mais cinzentos” dos ambientes onde vivem. Lá onde existe solidão e marginalidade, sofrimento e
conflitos, com milhares de projetos para levar paz e unidade.

E será Chiara Lubich (em RVM) que dará aos jovens o segredo para que as cidades revivam: a arte de amar. Como introdução serão entrevistados alguns daqueles que estiveram com ela desde o início do Movimento: Marco Tecilla, Silvana Veronesi, Eli Folonari.

Faz parte do programa uma conferência com Bolívar (Peru) e Jerusalém, e notícias do mundo, das inúmeras iniciativas que estarão se realizando nas 350 cidade coligadas e que uma redação de adolescentes “under 18” reunirá em tempo real no site do evento (www.run4unity.net).

A conferência terá como ponto de partida uma pergunta que exprime uma exigência profunda presente em muitos adolescentes: “Quem não gostaria de ver a sua cidade colorida pelo amor?”.
Por onde começar? A solução que eles propõem é uma pequena frase escrita no Evangelho: “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”. É uma “Regra de Ouro” que está presente também nos textos sagrados de quase todas as religiões e encontra-se inscrita no coração de cada homem. Desde a manhã os jovens a proporão nas próprias cidades, como programa a ser vivido naquele dia, aos milhares de coetâneos, colegas de escola, jovens de outras associações e movimentos envolvidos na iniciativa de Run4unity. Durante todo o programa se escutarão experiências sobre a Regra de Ouro, reunidas inclusive através de intercâmbios via internet.

Este evento mundial se concluirá com a resposta dos adolescentes ao convite de Chiara de fazer reviver as próprias cidades, amando a todos. Uma coreografia, partindo do palco, se misturará entre os jovens presentes na praça e traçará “desenhos de luz”, expressão do amor que nasce do Evangelho e que clareia as pequenas e grandes noites pessoais e do mundo.

Além do revezamento nas 350 cidades, a fantasia dos adolescentes idealizará as mais diferentes iniciativas. (ver www.run4unity.net).

Em Roma, sempre na Praça Navona, no dia 10 de maio, estão previstos outros dois momentos de coligação internet (às 8h30 e às 15h45, horário de Brasília).
(Fonte: Movimento dos Focolares na internet. www.focolare.org)

Run4unity - Um arco-íris de paz e de unidade ao redor do mundo




Sábado, 10 de maio de 2008: os adolescentes do Movimento Juvenil pela Unidade correrão em todo o mundo, passando um bastão simbólico de um fuso horário a outro, para declarar o próprio compromisso em construir a unidade entre os povos, seguindo o rastro de Chiara Lubich

Esta é a segunda edição do revezamento esportivo mundial: os jovens correrão em lugares símbolo do planeta, nas fronteiras de países em guerra, nos bairros esquecidos, nas ruas das grandes metrópoles, para desenhar sobre o mundo um arco-íris de fraternidade.

Em todos os fusos horários, das 16 às 17 horas, com a passagem do bastão de um fuso ao outro. O revezamento culminará com

“Vamos colorir a cidade”: transmissão direta via satélite e Internet, das 18 às 19h30, direto da Praça Navona (Roma):
Encontros com Chiara: com gravações em vídeo de conversas com os adolescentes, entrevistas às primeiras testemunhas do Movimento dos Focolares

Coreografias, histórias, projetos: em Roma, 2000 adolescentes, provenientes dos cinco continentes, e mais de 100 mil em todo o mundo, com notícias e conexões diretas com os revezamentos, em todas as latitudes.

“Chegará o momento no qual o adulto concluirá a sua corrida” – escreveu Chiara Lubich, em 1968 – “e o adolescente, que se tornou adulto, correrá até que um outro jovem se aproximará dele, com a mesma bandeira. Até que todos serão verdadeiramente um, e o testamento de Jesus estará realizado”.
40 anos atrás Chiara dava início, assim, à simbólica passagem da bandeira da geração que deu início ao Movimento dos Focolares às novas gerações.

.Run4unity 2008, em elaboração há mais de um ano, é a primeira grande manifestação do Movimento dos Focolares depois da última saudação a Chiara. De diversos países do mundo, por unanimidade, os jovens fizeram a proposta de transformar este evento em um agradecimento a ela, com um compromisso renovado, assumido diante do mundo, de levar adiante “o seu sonho mais louco”: “Levar a Deus o mundo entre seus braços. Pai, que todos sejam um”.

Patrocínios: Alto Patronato do Presidente da República Italiana, Ministério do Exterior, Secretario Geral do Conselho da Europa, Região do Lácio.
(Fonte: Movimento dos Focolares na internet. www.focolare.org)

Palavra de Vida - Maio 2008, por Chiara Lubich, em um de seus últimos escritos

“Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade” (2Cor 3,17b)

O apóstolo Paulo escreveu duas cartas aos cristãos da cidade de Corinto, na Grécia. Nutria por eles uma estima particular. Ele tinha vivido no meio deles por quase dois anos, entre 50 e 52 dC. Tinha semeado ali a Palavra de Deus, lançando as bases da comunidade cristã, até o ponto de gerá-la como um pai (cf. 1Cor 3,6.10; 4,15).
Poucos anos mais tarde, quando ele voltou para visitá-los, algumas pessoas contestaram publicamente a sua autoridade de apóstolo (cf. 2Cor 2,5-11; 7,12). Foi essa a ocasião para reafirmar a grandeza do seu ministério. Ele anunciava o evangelho não por iniciativa própria, mas impelido por Deus. Para ele, a Palavra de Deus não se escondia mais por trás de nenhum véu, porque o Espírito Santo lhe concedeu que ele a entendesse à luz do que tinha acontecido na pessoa de Cristo Jesus. Por isso ele pôde vivê-la e anunciá-la com plena liberdade. A palavra permitia-lhe entrar em comunhão com o Senhor, ser transformado nele, até ser guiado pelo próprio Espírito de liberdade.

“Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade”

Jesus Ressuscitado, o Senhor, ainda hoje continua agindo na história, como nos tempos de Paulo, e o faz de modo especial na comunidade cristã, através de seu Espírito. Ele também nos permite compreender o evangelho em toda a sua novidade e o inscreve em nossos corações, de modo que seja a nossa lei de vida. Não somos guiados por leis impostas de fora; não somos escravos sujeitos a determinações que não nos convencem e que não aceitamos.
O cristão é movido por um princípio de vida interior, que o Espírito Santo lhe conferiu com o batismo. É movido pela sua voz, que repete as palavras de Jesus e faz com que as compreenda em toda a sua beleza, expressão de vida e de alegria. O Espírito as atualiza, ensina como vivê-las e ao mesmo tempo dá a força para colocá-las em prática.
É o próprio Senhor que, graças ao Espírito Santo, vem viver e agir em nós, transformando-nos em evangelho vivo.
Ser guiado pelo Senhor, pelo seu Espírito, pela sua Palavra: é essa a verdadeira liberdade que coincide com a mais profunda realização do nosso eu.

“Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade”

Mas, para que o Espírito Santo possa agir, sabemos que é necessária a plena disponibilidade para escutá-lo, com a disposição de mudar a nossa mentalidade, se preciso for, e depois aderir plenamente à sua voz.
É fácil deixar-se escravizar pelas pressões que os costumes e a opinião pública exercem sobre nós e que podem nos induzir a escolhas erradas.
Para viver a Palavra de Vida deste mês é necessário aprender a dar um não decidido a todo o negativo que brota do nosso coração cada vez que somos tentados a nos adequar a modos de agir que não estão de acordo com o evangelho; é preciso aprender a dar um sim convicto a Deus cada vez que sentimos o seu chamado a viver na verdade e no amor.
Assim descobriremos que a relação existente entre a cruz e o Espírito é de causa e efeito. Cada corte, cada poda, cada não ao nosso egoísmo é uma fonte de luz nova, de paz, de alegria, de amor, de liberdade interior, de realização de si. É uma porta aberta ao Espírito Santo.
Neste tempo de Pentecostes, ele poderá nos dar com mais abundância os seus dons, poderá guiar-nos. E seremos reconhecidos como verdadeiros filhos de Deus.
Ficaremos cada vez mais livres do mal, cada vez mais livres para amar.

“Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade”


É essa a liberdade que um funcionário das Nações Unidas encontrou durante a sua última tarefa em um dos países balcânicos. As missões que lhe eram confiadas representavam um trabalho gratificante, embora extremamente duro. Uma das suas grandes dificuldades era ficar distante da família por períodos tão longos. Mesmo quando voltava para casa era difícil deixar fora da porta a carga de trabalho que o envolvia, para dedicar-se com ânimo desimpedido às crianças e à esposa.
De repente aconteceu uma nova transferência para outra cidade, sempre na mesma região; e ele não podia nem pensar em levar consigo a família, porque, apesar dos acordos de paz recém-assinados, as hostilidades continuavam. O que fazer? O que vale mais, a carreira ou a família? Discutiu longamente a questão com a esposa, que há tempo compartilhava com ele uma intensa vida cristã. Os dois pediram que o Espírito Santo os iluminasse e procuraram entender qual seria a vontade de Deus para toda a família. Enfim, tomaram a decisão: deixar aquele trabalho tão cobiçado. Decisão realmente incomum nesse ambiente profissional. “A força para fazer essa escolha – conta ele – foi fruto do amor mútuo com a minha esposa: ela nunca me fez pesar as privações que eu lhe causava; e eu, de minha parte, procurei o bem da família, para além da segurança econômica e da carreira. E encontrei a liberdade interior”.

Chiara Lubich
(Fonte: Movimento dos Focolares na internet. www.focolare.org)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Gen Verde deixa pedido de paz por onde passa

Cristiane Monteiro
Canção Nova Notícias, Roma


Nesta segunda-feira é lembrado o primeiro mês do falecimento de Chiara Lubich, fundadora dos movimento dos Focolares. O movimento também se tornou conhecido com o grupo musical "Gen Verde" que apresentou, recentemente, o musical "O manto do mundo", em Roma. O espetáculo, de 1h40, reúne 24 artistas de 13 nacionalidades.



O show se derenrola ao redor de um diálogo, muitas vezes filosófico, e com ensinamentos de duas pessoas, uma cristã e outra agnóstica. Por meio das músicas, das canções e das danças a força do amor evangélico abre um caminho capaz de suscitar o encontro e o diálogo e capaz de desenhar novos horizontes.

Gen Verde tem percorrido as estradas da Ásia, da Europa e das Américas levando mensagem de respeito, diálogo, unidade e paz por onde passa.

domingo, 13 de abril de 2008

Por em ação a fraternidade no esporte


A mensagem do congresso internacional de Sportmeet 2008. Presentes mais de 400 desportistas, dos cinco continentes

Abriu-se o horizonte sobre um esporte nobre e confiável, distante das ameaças trazidas pela violência, racismo, doping, comercialização exasperada. O Congresso 2008 de Sportmeet, com o título “Sport In – Confiável – Põe em ação a fraternidade”, foi realizado em Castelgandolfo, Roma, de 28 a 30 de março.

O desafio da fraternidade no esporte e por meio do esporte foi assumido por 420 desportistas de 38 nações, dos cinco continentes, que participaram do evento, com depoimentos significativos, relações de especialistas internacionais, mesas-redondas, workshops, momentos de esporte e lazer.

Entre os numerosos testemunhos de desportistas de todos os níveis, o de Josefa Idem, várias vezes campeã olímpica de canoagem, de Ippolito Sanfratello, ouro em Turim 2006 na patinação de velocidade, de Marco Pinotti, do alpinista dos 8 mil metros, Karls Unterkircher, do campeão mundial de orienteering (orientação) Nicolò Corradini, da maratonista húngara, Petra Teveli, terceira colocada na última maratona de Milão.

Ao lado deles os promotores de projetos esportivos de ação social em países em via de desenvolvimento (Colômbia, Brasil, Argentina, República Democrática do Congo, Burundi, Líbano, Paquistão, Filipinas) e os animadores de projetos de educação à paz anti-máfia e anti-camorra na Sicília e na Campânia.

Professores e estudantes de 17 institutos universitários de todo o mundo, em rede com Sportmeet, testemunharam o empenho de elaborar e difundir uma nova cultura esportiva, orientada à fraternidade.

(Fonte: Movimento dos Focolares na internet. www.focolare.org)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Papa encoraja compromisso catequético dos focolarinos

Por Marta Lago

CIDADE DO VATICANO/CASTEL GANDOLFO, terça-feira, 8 de abril de 2008 (ZENIT.org).- Ao saudar os peregrinos ao final da oração do «Regina Caeli», Bento XVI dirigiu-se aos numerosos fiéis do Movimento dos Focolares presentes na Praça de São Pedro, encorajando-os em seu trabalho como catequistas em paróquias dos cinco continentes.

Este é o tema do Congresso Internacional para Catequistas que, de 3 a 6 de abril, promoveu o Movimento Paroquial, um ramo dos Focolares.

Oitocentos catequistas vinculados ao Movimento dos Focolares, leigos e sacerdotes, dos cinco continentes, acolheram a convocatória, orientada a «um decisivo salto de qualidade da renovação da catequese».

É a meta que assinalam diversos documentos eclesiais – explica o movimento em um comunicado: «Antes de tudo, a exortação pós-sinodal ‘Catechesi Tradendea’ na qual, faz já quase 30 anos, o Papa João Paulo II evidenciava a urgência de passar de uma catequese ‘sobre Jesus’, onde prevalecem os conteúdos doutrinais, a uma catequese que conduza ao encontro vivo com Ele, através de um itinerário de amadurecimento na fé, ao longo de todas as etapas da vida».

Em sintonia com este objetivo e com o próximo Sínodo sobre a Palavra, o encontro internacional teve como eixo o tema «‘E a Palavra se fez carne’ – por uma catequese viva».

Este aspecto – a Palavra vivida – somou-se, no congresso, à contribuição que o carisma da unidade – próprio dos Focolares – pode oferecer à catequese, «para que seja fonte de vida evangélica».

Das intervenções no Congresso se deriva a perspectiva de uma catequese que conduza da preparação aos sacramentos – portanto dirigida sobretudo a crianças e jovens – a um itinerário permanente de amadurecimento na fé que abraça toda a vida.

Uma catequese que caminha «da transmissão prioritária de conteúdos doutrinais à comunicação de experiências de fé vivida – explica o comunicado; de uma catequese individual a uma catequese comunicativa; de uma catequese de ‘conservação a uma catequese aberta à dimensão evangelizadora e missionária».

Paulo VI animou, em uma audiência de 1966, a levar o espírito da unidade nas dioceses e nas paróquias. Em resposta, Chiara Lubich – fundadora dos Focolares –, impulsionou o nascimento do Movimento Paroquial.

Atualmente, as paróquias que animam sacerdotes e leigos desse movimento paroquial são 4.250, em 430 dioceses dos cinco continentes. Cerca de 14.300 focolarinos trabalham ao serviço das paróquias como catequistas, ministros da Eucaristia, nos conselhos ou comissões, na «Cáritas», em cursos para noivos, para famílias e outras iniciativas.

Com este trabalho se difunde um estilo de comunhão que configura as relações entre sacerdotes, movimentos e grupos, assim como realidades religiosas e culturais do lugar.

Mais informações em: www.focolare.org
(Fonte: Zenit Internacional. Todos os direitos reservados.)

40 anos do assassinato de Martin Luther King

“Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos senhores de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade”, declarou o líder pacifista e pastor batista Martin Luther King no histórico discurso “Eu tenho um sonho”, em Washington, no dia 28 de agosto de 1963, diante de 200 mil pessoas numa manifestação pelos direitos civis. Na última sexta-feira (4/4), o assassinato dele completou 40 anos. Hoje podemos dizer que o sonho de Martin Luther King se realizou em algumas partes do mundo e está muito longe de acontecer em outras. Uma coisa é certa: graças às atitudes e palavras dele, a fraternidade hoje é possível para uma fatia muito maior da humanidade. Cabe aos que almejam a paz o trabalho de não deixar que se perca o sonho pelo qual King deu a vida.
(Fonte: Editora Cidade Nova na internet www.cidadenova.org.br)

domingo, 6 de abril de 2008

“E o fruto da justiça será a paz! A prática da justiça resultará em tranqüilidade e segurança duradouras.” (Is 32,17)

Abril 2008

“Até que sobre nós se derrame o espírito que vem do alto. Aí, então, o que era deserto virá a ser um bosque e o que era um bosque será uma floresta.” Assim começa o trecho que contém a Palavra de Vida deste mês. Na segunda metade do século VIII antes de Cristo, o profeta Isaías anuncia um futuro de esperança para a humanidade, de certo modo uma nova criação, um novo “bosque” ou “jardim”, onde moram o direito e a justiça, capazes de gerar paz e segurança.
Essa nova era de paz (shalom) será obra do Espírito divino, força vital capaz de renovar a criação; e, ao mesmo tempo, será fruto do respeito pela Aliança, pelo pacto entre Deus e o seu povo e entre os componentes do próprio povo, uma vez que a comunhão com Deus e a comunidade dos homens são realidades inseparáveis.

“E o fruto da justiça será a paz! A prática da justiça resultará em tranqüilidade e segurança duradouras.”

As palavras de Isaías recordam a necessidade de um esforço responsável e sério em respeitar as normas comuns da convivência civil, que impedem o individualismo egoísta e o arbítrio cego, favorecem a coexistência harmoniosa e o trabalho a serviço do bem comum.
Mas, será possível viver segundo a justiça e praticar o direito? Sim, com a condição de que se reconheçam todas as outras pessoas como irmãos e irmãs e se veja a humanidade como uma família, no espírito da fraternidade universal.
E como é possível enxergá-la assim, sem a presença de um Pai para todos? Ele, por assim dizer, já gravou a fraternidade universal no DNA de cada pessoa. Com efeito, a primeira vontade de um pai é que os filhos se tratem como irmãos e irmãs, que se queiram bem, que se amem.
Por isso o “Filho” por excelência, o Irmão de cada homem, veio e nos deixou como norma da vida social o amor mútuo. E o respeito pelas regras da convivência e o cumprimento do próprio dever são expressões do amor.
O amor é a norma suprema de toda ação; norma essa que promove a verdadeira justiça e traz a paz. As nações precisam de leis cada vez mais correspondentes às necessidades da vida social e internacional, mas sobretudo precisam de homens e mulheres que no seu íntimo saibam “ordenar” a caridade. Essa “ordem” é justiça, e só nessa ordem as leis têm valor.

“E o fruto da justiça será a paz! A prática da justiça resultará em tranqüilidade e segurança duradouras.”

Como viveremos, então, a Palavra de Vida durante este mês?
Empenhando-nos ainda mais nos deveres profissionais, na ética, na honestidade, na legalidade.
Reconhecendo os outros como pessoas da mesma família que esperam de nós atenção, respeito, proximidade solidária.
Se você colocar a caridade mútua e contínua (que precede todas as coisas) na base da sua vida, nos seus relacionamentos com o próximo, como a mais completa expressão do seu amor para com Deus, então a sua justiça será realmente agradável a Deus.

“E o fruto da justiça será a paz! A prática da justiça resultará em tranqüilidade e segurança duradouras.”

No sul da Itália, um guarda civil com sua família decidiu morar, por opção de solidariedade para com as pessoas menos privilegiadas da cidade, num dos bairros novos que estavam surgindo: ruas sem asfalto, ausência de iluminação pública, de rede de água e de esgoto; serviços de assistência social e transporte público, nem pensar.
“Procuramos criar com todas as famílias e cada habitante do bairro uma relação de conhecimento e de diálogo”, diz ele, “tentando sanar a fratura existente entre os cidadãos e a administração pública. Aos poucos, os cerca de 3.000 habitantes do bairro se tornaram agentes ativos no relacionamento com as instituições públicas, por meio de um comitê criado com esse objetivo.
Chegaram a conseguir da administração regional a aprovação de uma verba significativa para a recuperação do bairro, que agora é um bairro-modelo, tendo criado até atividades de formação para representantes de todos os comitês de bairro da cidade”.


Chiara Lubich

Natalia Dallapicolla, a primeira a seguir Chiara, concluiu a sua viagem terrena

Faleceu na terça-feira, 1º de abril, em Rocca di Papa. Tinha 83 anos. Desempenhou um papel determinante para a difusão do ideal da unidade no Leste Europeu e no diálogo inter-religioso
“Na vida e na morte eu estou sempre com você”. Foi a promessa que fez a Chiara Lubich e que se realizou. Natalia Dallapiccola, a primeira que seguiu Chiara nesta terra, em 1943, foi a primeira que a acompanhou, apenas poucos dias depois, ao Paraíso. Tinha 83 anos. Faleceu na noite de terça-feira, na sua casa em Rocca di Papa, pouco depois das 21 horas, devido a distúrbio cardíacos e pulmonares. Com ela estavam Graziella De Luca, Valeria Ronchetti, Vittoria Salizzoni e Doriana Zamboni, as primeiras companheiras, dos primeiros tempos, com quem vivia. Natalia esteve consciente até o fim.

Poucas horas antes de deixar-nos havia meditado sobre uma página de Chiara, que modelou a sua vida: “Tenho uma só mãe sobre a terra, Maria Desolada... no seu stabat, o meu estar, no seu stabat, o meu caminhar”. Exprimiu a quem lia para ela a sua plena adesão e gratidão: “Sim, era exatamente o que eu queria”.

Natalia Dallapiccola nasceu em uma pequena cidade sobre os montes trentinos, Fornace, em 27 de junho de 1924. Conheceu Chiara em Trento, onde morava com sua família, em junho de 1943. Estava atravessando uma profunda crise, depois da perda do pai e da devastação da guerra. Precisou interromper os estudos e trabalhar para ajudar a família. “Aos poucos a música, a natureza, as amizades perdiam o seu valor. Encontrei-me numa profunda escuridão, até acreditar que não existia amor sobre a terra”.

Em Chiara a impressiona a harmonia, exterior e interior, e as palavras com as quais comunica a sua grande descoberta, “Deus é amor”: “Mas se o amor é a coisa mais bela que existe sobre a terra, o que será Deus que o criou?”. E Natalia dirá: “Sentia-me elevada para o alto, em Deus. Via toda a vida passada, com suas circunstâncias alegres e tristes, como ligadas por um fio de ouro do seu amor; e na alma a certeza que Deus me amava imensamente. Este amor imenso e pessoal de Deus transformou a minha vida”.
Natalia viveu com Chiara no primeiro focolare de Trento, na Praça dos Capuchinhos, e depois em Roma.

No Leste Europeu – Em 1959 desempenhou uma função determinante na fundação do focolare de Berlim Ocidental. Fez parte do primeiro grupo que atravessou o muro, em 1962, junto com focolarinas e focolarinos médicos, chamados pelo bispo de Leipzig, para trabalhar no hospital católico da cidade, carente de profissionais da saúde devido às fugas para o ocidente. O seu segredo era a fidelidade à escolha de reviver Maria Desolada, no seu “stabat” aos pés da cruz, no momento em que Jesus lança ao Pai o grito de abandono. Reconhecia e amava o seu semblante, que se apresentava a cada passo. Natalia sustentava quem partilhava com ela o empenho de construir a unidade em cada ambiente. Um fato desconcertante, e que se tornava “contagioso”. Foi uma surpresa encontrá-lo documentado nos relatórios da Stasi, a polícia secreta alemã: fala-se do “programa do Movimento ‘Fucolar’ de criar “uma forte unidade religiosa apesar das opiniões nacionais diferentes”. Era uma corrente de amor que passava de pessoa a pessoa.

Diálogo inter-religioso – A partir de 1976 esteve no Centro do Movimento. Sua saúde já estava seriamente comprometida. Em 1977 não pode acompanhar Chiara na sua viagem a Londres, onde recebeu o prêmio Templeton para o progresso da religião. Pelo interesse surpreendente demonstrado por representantes das várias religiões presentes na Guidhall, diante da narração da experiência espiritual da fundadora dos Focolares, aquele evento marcou a fundação do diálogo inter-religioso no Movimento.
De Londres Chiara telefonou a Natalia e lhe confiou este novo encargo, com uma recomendação: “Ama-os!”. Foi o que ela fez em todas as ocasiões, como as assembléias mundiais da Conferência Mundial das religiões pela Paz (WCRP), na qual representava Chiara. Estabeleceu relacionamentos profundos com vários líderes do mundo hebreu, muçulmano, hindu, budista, etc., e preparou desse modo os desenvolvimentos que nasceriam dos encontros deles com Chiara.

Formação espiritual – Desde o início, pela profundidade especial com a qual vivia a espiritualidade da unidade, desempenhou uma função importante na formação espiritual dos membros do Movimento. Chiara deu a Natalia o apelido de “Anzolon” (no dialeto trentino significa “anjo”), pelo amor sempre vivo que existia nela para com todos, vivido com radicalidade deste o princípio.

"Mulher de fé intrépida, mansa mensageira de esperança e de paz"

Bento XVI recorda Chiara Lubich numa carta enviada ao cardeal Bertone para o funeral


O serviço "silencioso e incisivo" prestado por Chiara Lubich à Igreja, em "total sintonia" com o magistério dos Pontífices, foi ressaltado por Bento XVI na carta lida pelo cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado, durante o funeral da fundadora do Movimento dos Focolares, celebrado na terça-feira, 18 de março, na basílica de São Paulo Fora dos Muros.



Ao Senhor Cardeal
TARCISIO BERTONE
Secretário de Estado

Participo espiritualmente na solene liturgia com a qual a comunidade cristã acompanha Chiara Lubich em sua despedida desta terra para entrar no seio do Pai celeste. Renovo com afeto meus profundos pêsames aos responsáveis de toda a Obra de Maria – Movimento dos Focolares –, bem como a quem colaborou com esta generosa testemunha de Cristo, que se entregou sem reservas pela difusão da mensagem evangélica em todos os âmbitos da sociedade contemporânea, sempre atenta aos «sinais dos tempos».
Há muitos motivos para dar graças ao Senhor pelo dom que fez à Igreja desta mulher de fé intrépida, mansa mensageira de esperança e de paz, fundadora de uma grande família espiritual que abraça múltiplos campos de evangelização. Gostaria, acima de tudo de dar graças a Deus pelo serviço que Chiara ofereceu à Igreja: um serviço silencioso e incisivo, sempre em sintonia com o magistério da Igreja: «Os Papas – dizia – sempre nos compreenderam».

Isso porque a Chiara e a Obra de Maria sempre procuraram responder com dócil fidelidade a cada um de seus chamados e desejos. O vínculo ininterrupto com meus venerados Predecessores, desde o Servo de Deus Pio XII e o Bem-aventurado João XXIII, aos Servos de Deus Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II, é um testemunho concreto disso. O pensamento do Papa era para ela uma orientação segura.

E mais ainda, ao ver as iniciativas que suscitou, poderíamos inclusive afirmar que tinha quase a profética capacidade de intuí-lo e de atuá-lo de maneira antecipada.
A sua herança passa agora à sua família espiritual: que a Virgem Maria, modelo constante de referência para Chiara, ajude cada focolarino e focolarina a seguir pelo mesmo caminho, contribuindo para fazer com que a Igreja seja cada vez mais casa e escola de comunhão, como escreveu o querido João Paulo II após o Jubileu do Ano 2000.

Que o Deus da esperança acolha a alma de nossa irmã, console e sustente o compromisso dos que recolhem seu testamento espiritual. Por esta intenção asseguro uma recordação particular na oração, enquanto envio a todos os presentes ao rito sagrado a Bênção Apostólica.

Vaticano, 18 de março de 2008
Benedictus PP XVI

Última saudação a Chiara Lubich na Basílica de São Paulo, em Roma



Após breves intervenções de representantes de diversas Igrejas e religiões, foi transmitido ao vivo das 11 às 13h através de várias emissoras no mundo inteiro e pela internet. No Brasil o evento foi transmitido pela TV Canção Nova e pela Rede Vida.

Estavam presentes mais de 40 mil pessoas, provenientes da Itália, de outros países da Europa e dos vários continentes.
E muitas cidades a transmissão foi acompanhada através de um pool de emissoras que transmitiram o evento e com cerimônias litúrgicas simultâneas.

A celebração foi precedida por uma hora de cantos e de meditações de Chiara Lubich. Às 10h20 o féretro entrou na Basílica. Antes da celebração litúrgica, representantes de várias Igrejas cristãs e de outras religiões dirigiram a última saudação a Chiara.

A celebração eucarística das exéquias de Chiara Lubich foi presidida pelo card. Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, enviado pelo Papa Bento XVI.

Os con-celebrantes principais foram sete cardeais. Concelebraram outros nove cardeais, com mais de 40 bispos e centenas de sacerdotes.

Entre os políticos que anunciaram a presença estavam o presidente Romano Prodi, os ministros Giovanna Melandri e Rosy Bindi; os deputados Fausto Bertinotti, Gianfranco Fini, Pierferdinando Casini, o senador Giuseppe Pisanu, Savino Pezzotta. Além de numerosos prefeitos, principalmente das cidades que conferiram a Chiara Lubich a cidadania honorária.

Movimentos e novas comunidades - Fundadores: Andréa Riccardi (Santo Egídio), Ernesto Olivero (Sermig), Pe. Laurent Fabre (Chemin Neuf). Os presidentes: Pe. Julian Carron, sucessor de Pe. Giussani (Comunhão e Libertação), Salvatore Martinez (Renovação Carismática), Pe. Luis Fide Suarez Puerto (Mundo Melhor).

Personalidades ecumênicas - O Conselho Ecumênico de Igrejas foi representado pelo Rev. Dr. Martin Robra; a Igreja ortodoxa, pelo metropolita Gennadios Zervos, a Igreja Luterana, pelo bispo Christian Krause, ex-Presidente da Federação Luterana mundial. Estarão presentes também representates de Movimentos de outras Igrejas com que Chiara teceu, há tempo, um relacionamento de comunhão com os respectivos presidentes: Christophe d’Aloisio – ortodoxo (Syndesmos); Prof. Werner Hubner, luterano (Cvjm – ACM - Munique), Gerhard Pross - luterano (Encontro dos Responsáveis de Movimentos e Comunidades evangélicas da Alemanha).

Personalidades do mundo judaico: Lisa Palmieri, representante na Itália e junto à Santa Sé do American Jewish Committee e vice-presidente da Conferência Mundial das Religiões pela Paz (WCRP) para a Europa.

Entre as personalidades muçulmanas, o Imã El Pasha, da Mesquita de Harlem (EUA), o diretor do Centro Islâmico cultural de Roma, Dr. Redouane. Da Itália, o Presidente da comunidade Islâmica de Florença, o Imã Elzir Ezzedine e o Imã da Mesquita de Perugia, Abel Qader.

O mundo budista foi representado pelo Presidente do Conselho Diretor da Rissho Kosei-kai, Watanabe Yasutaka, chefe da delegação do Movimento leigo japonês, e pelo monge budista tailandês Phara-Maha Thongratana.

Transmissões televisivas - A cerimônia foi transmitida ao vivo pela RaiNews 24, Sat 2000, Telepace, e pela TV americana Ewtn, além das televisões Canção Nova e Rede Vida (Brasil) e de outras emissoras de dezenas de países, como França, República Tcheca, Espanha e Líbano.

Outras informações - O cerimonial do Palácio Palazzo Chigi (sede do premiê italiano) escoltou o carro fúnebre de Rocca di Papa a Roma.

Prestaram serviço 100 voluntários da Guarda Civil. A Prefeitura de Roma providenciou o material para a organização do evento, disponibilizando também água para os participantes, um ambulatório médico, banheiros químicos e o serviço da guarda municipal.

Agradecimentos à Presidência do Conselho, à Guarda Civil e à Prefeitura de Roma pelos serviços prestados.

Chiara Lubich conclui sua viagem terrena


Em uma atmosfera serena, de oração, e de profunda comoção, Chiara Lubich concluiu a sua viagem terrena na noite de 14 março de 2008, às 2 horas, aos 88 anos. Estava na sua casa em Rocca di Papa (Itália), para onde havia retornado do Hospital Gemelli, na madrugada de ontem, depois de ter expresso esse desejo.

Durante todo o dia anterior, centenas de pessoas – parentes, colaboradores diretos e muitos dos seus filhos espirituais – passaram pelo seu quarto para lhe dirigir a última saudação; depois recolhiam-se na capela adjacente e reuniam-se no jardim, em oração. Uma procissão ininterrupta e espontânea. A alguns Chiara expressou algum sinal, apesar da sua extrema fraqueza.

Do mundo inteiro continuam chegando mensagens de participação por parte de líderes religiosos, políticos, acadêmicos e civis, e do seu “povo”.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Lei de Biossegurança é contestada pelo procurador-geral da República

Após a leitura do relatório, realizada pelo ministro Carlos Ayres Britto, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, opinou pela não utilização dos embriões. Para ele, o artigo 5º da Lei de Biossegurança deve ser declarado inconstitucional pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal.
Segundo o PGR, as regras legais questionadas admitem a manipulação de ser humano vivo na medida em que autorizam, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas a partir de embriões humanos. Antonio Fernando Souza lembrou que o reconhecimento da inconstitucionalidade “somente obsta a obtenção de células-tronco diretamente de embriões humanos, mas não impede a utilização das embrionárias encontradas no líquido amniótico e na placenta, nem nas adultas”.
Ele argumenta que a pesquisa científica não seria atingida de modo substancial pelo reconhecimento da inconstitucionalidade, tendo em vista a existência de outras possibilidades de atuação, “inclusive com o uso de células embrionárias”. Souza salientou, ainda, que o Supremo tem reafirmado a inexistência de direitos absolutos, assim, conforme ele, a atividade de pesquisa cientifica “não pode reivindicar tratamento diferente e, portanto, também deve submeter-se a limites jurídicos e éticos”.
Por fim, ressaltou haver convicção científica consistente no sentido de que a vida humana acontece a partir da fecundação. “O embrião não é um simples amontoado de células, mas sim um ser humano na fase inicial de sua vida”, concluiu, posicionando-se pela inconstitucionalidade do artigo 5º da Lei de Biossegurança.
(Fonte: STF)

Nota da CNBB sobre as "Católicas pelo Direito de Decidir"

Têm chegado à sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – inúmeras consultas sobre a ONG denominada “Católicas pelo Direito de Decidir”, uma vez que em seus pronunciamentos há vários pontos contrários à doutrina e à moral católicas.
Esclarecemos que se trata de uma entidade feminista, constituída no Brasil em 1993, e que atua em articulação e rede com vários parceiros no Brasil e no mundo, em particular com uma organização norte-americana intitulada “Catholics for a Free Choice”. Sobre esta última, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos já fez várias declarações, destacando que o grupo tem defendido publicamente o aborto e distorcido o ensinamento católico sobre o respeito e a proteção devidos à vida do nascituro indefeso; é contrário a muitos ensinamentos do Magistério da Igreja; não é uma organização católica e não fala pela Igreja Católica. Essas observações se aplicam, também, ao grupo que atua em nosso país.
A Campanha da Fraternidade deste ano de 2008 reafirma nosso compromisso com a vida, especialmente, com a vida do ser humano mais indefeso, que é a criança no ventre materno, e com a vida da própria gestante. Políticas públicas realmente voltadas à pessoa humana são as que procuram atender às necessidades da mulher grávida, dando-lhe condições para ter e a criar bem os seus filhos, e não para abortá-los.
“Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19). Ainda que em determinadas circunstâncias se trate de uma escolha difícil e exigente, reafirmamos ser a única escolha aceitável e digna para nós que somos filhos e filhas do Deus da Vida.
Conclamamos os católicos e a todas as pessoas de boa vontade a se unirem a nós na defesa e divulgação do Evangelho da Vida, atentos a todas as forças e expressões de uma cultura da morte que se expande sempre mais.
Brasília, 03 de março de 2008
(Retirado do site oficial da CNBB na internet. www.cnbb.org.br)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Raul Castro recebe Cardeal Bertone



O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, que está em Cuba para as comemorações dos dez anos da visita de João Paulo II ao país, será recebido esta Terça-feira pelo presidente cubano, Raul Castro. O encontro foi anunciado durante uma conferência de imprensa conjunta com o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Felipe Pérez Roque.
"O Cardeal será recebido juntamente com a delegação que o acompanha", referiu o ministro sobre o encontro.
O Cardeal Bertone e Pérez Roque classificaram as relações entre governo cubano e Igreja Católica como "fluidas e cordiais". O ministro acrescentou que o Cardeal é um "excelente conversador".
O Secretário de Estado do Vaticano, primeiro dignatário estrangeiro a ser recebido pelo irmão de Fidel, revelou aos jornalistas esperar um encontro de “clareza e sinceridade”.
D. Tarcisio Bertone admitiu que Raul Castro deverá seguir “a linha fundamental” de Fidel, apesar de admitir que este momento de mudança é “muito importante” para Cuba e para todo o mundo.
“Vim aqui num momento muito especial, extraordinário”, referiu, “mas a linha fundamental é a do ‘lider maximo’, do presidente Fidel Castro”.
O número dois do Vaticano espera que Raul continue a levar adiante uma política de “desenvolvimento de Cuba” e de “desenvolvimento das relações internacionais de Cuba com o mundo”.
Ao falar com a imprensa, na sede do Ministério das Relações Exteriores, D. Tarcisio Bertone destacou que sua visita, de caráter pastoral e oficial, sai sobretudo assinalar o décimo aniversário da visita do falecido Papa João Paulo II, em Janeiro de 1998.
Segundo ele, durante as conversas com as autoridades foram discutidos "assuntos concretos”: “Concordamos em relação a temas internacionais e falamos de justiça e apoio aos pobres".
O representante do Vaticano reafirmou as "palavras de João Paulo II" contra o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba há quase meio século, "uma ação inaceitável, dolosa para o povo cubano e sem ética", destacou.
Questionado sobre um pedido de anistia para presos cubanos, o Cardeal Bertone disse que "não peço anistia sem gestos que conduzam a uma reconciliação". Este responsável referiu ainda que o Vaticano não considera que a preocupação com a assistência religiosa dos presos "por razões diversas" seja um assunto político, mas sim humanitário.
Nesta conferência de imprensa, D. Bertone deixou uma “respeitosa saudação” a Fidel Castro e deixou votos de que as relações entre a Santa Sé e Cuba “se aprofundem cada vez mais como nos últimos 10 anos”, classificando as relações atuais como “excelentes”.
(Fonte: Agência Ecclesia)

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Revista Cidade Nova completa 50 anos no Brasil

Os 50 anos da Revista Cidade Nova no Brasil foram comemorados no último domingo (17/2), em Vargem Grande Paulista, região metropolitana de São Paulo, onde fica a sede da Editora Cidade Nova. O evento contou com a participação – além dos funcionários e outros profissionais que marcaram a trajetória da empresa - de Enzo Morandi, Celso Frioli e Luiz Eduardo Oliveira, três dos pioneiros da publicação e da Editora em nosso país.
O cinqüentenário, completado no dia 15 de janeiro, foi celebrado neste domingo aproveitando a presença de cerca de 140 comunicadores reunidos em Vargem Grande, no centro de convenções do Movimento dos Focolares onde também se realizou a comemoração. Os profissionais participaram de um congresso nacional cujo objetivo era discutir pistas para levar a fraternidade ao mundo da mídia, proposta que está no centro da linha editorial de Cidade Nova.
(Fonte: CN Notícias. www.cidadenova.org.br)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Deputada Luíza Erundina faz análise de conjuntura no ENP

Encerrando as atividades do segundo dia do 12o Encontro Nacional de Presbíteros (ENP), nesta quinta-feira, 14, a deputada Luíza Erundia falou aos 450 padres fazendo uma análise da conjuntura política e econômica do país.

Na sua análise, a deputada criticou o crescimento do país que avaliou como muito pequeno. “Estamos estagnados. Países com menos recursos potenciais que o Brasil estão à nossa frente. A média mundial gira em torno de 4% enquanto o Brasil não consegue ultrapassar os 3%”.
A deputada afirmou que o Brasil se beneficiou muito do crescimento econômico dos países ricos nos últimos cinco anos. “Na medida em que países ricos crescem, o capital excedente aumenta e, consequentemente, eles passam a ter mais possibilidade de investir em países como o Brasil”, disse. Para Erundina, essa é uma das razões pela qual é possível afirmar que os indicadores macroeconômicos do Brasil “não são frutos de um acerto do atual governo, mas de uma situação econômica favorável na vida dos países desenvolvidos”.
Segundo a deputada, a crise da economia norte-americana é sinal de que as coisas não vão bem. “A reação diante desse quadro de crise, que beira à recessão, é o fortalecimento da produção de tecnologia militar. A venda de armas é uma das saídas que o governo norte-americano procura utilizar. Contudo, para que armas sejam vendidas, é preciso que haja guerras. E aí eles investem em guerras artificiais,” explica. Na sua opinião, também o crescimento da China preocupa os Estados Unidos. “Do ponto de vista da geografia política o crescimento da China é bastante interessante. Desde a queda da União Soviética o mundo convive apenas com um pólo. Dentro desse contexto, a China pode se tornar um outro polo”.
Ao se referir à América Latina, Erundina aponta a integração regional (Cone Sul) como forma de fortalecer o poder dos países, desde que não fique apenas no plano comercial, mas também nível político, social e cultural. “Vemos muitos países resgatando a soberania nacional, destruindo a idéia de um Estado mínimo, presente em toda política neoliberal. O Brasil tem que investir mais nessa integração regional. É por isso que não perdôo o Lula por ter chamado Bush de companheiro”, enfatizou a deputada.
Papel da Igreja
Ao ser perguntada sobre qual o papel da Igreja diante deste cenário, Erundina respondeu que a Igreja deve continuar formando e organizando o povo. “A motivação para minha ação veio, em primeiro lugar da Igreja e do Evangelho vivo”, justificou.
Em entrevista exclusiva à assessoria de imprensa do ENP, a deputada que a diversidade de tantos padres lhe chamou a atenção no Encontro dos Presbíteros. “Chamou minha atenção a diversidade de origem, de idade, e experiência e de compreensão das coisas. É um grupo muito rico e expressa a realidade da diversidade da Igreja no Brasil”, considerou.
Também o clima de informalidade do encontro foi destacado por Luíza Erundina. “Tinha uma energia circulando entre vocês que denuncia a presença de Deus entre vocês”. Para ela o encontro dos presbíteros “é o encontro da Igreja antenada com o povo, com os seus anseios e seus problemas”. Para ela, os padres devem continuar “ajudando o povo a acordar para ler a realidade com sua cabeça, fazendo-o a acreditar em si mesmo. Essa é a força que vai mudar o país”.


(Fonte: CNBB. Todos os direitos reservados.)