sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Tributo à liberdade

Não impedirei o vôo,
Ainda que incerto,
Do pássaro ferido
Em busca de outros céus.
Em dia azul claro
Ou em negra tempestade.
Em brisa acariciante
Ou tenebrosos véus.
Entoarei o canto— Não mais o acalanto .
Que sangre a ferida
Ou me sacie o fel.
Espada em chama ardente
Rasgando o coração:
Que morra a semente
E nasça o novo grão.

(Mirian Pina. Revista Cidade Nova, 06/2004.)

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