terça-feira, 29 de julho de 2008

Papa pede maior empenho contra pobreza

Une-se ao «chamado à solidariedade» dos bispos aos líderes políticos mundiais

Papa Bento XVI uniu-se no domingo, dia 6, ao «chamado à solidariedade» feito pelos bispos antes da reunião dos Chefes de Estado e de Governo dos países membros do G8, que se encontram a partir de amanhã no Japão.
Esta declaração foi realizada hoje, imediatamente depois da oração do Angelus, em seu breve discurso aos peregrinos reunidos no Pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo.
A reunião do G8 reunirá os representantes dos Estados Unidos, Grã Bretanha, Alemanha, França, Itália, Canadá, Japão e Rússia na localidade japonesa de Hokkaido-Toyako, junto com outros líderes mundiais. A reunião, que terminará em 9 de julho, tratará, entre outras questões, do desenvolvimento e da mudança climática.
O Papa pede aos líderes políticos mundiais que «levem a cabo as tarefas assumidas nas precedentes reuniões do G8 e adotem valentemente todas as medidas necessárias para vencer o flagelo da pobreza extrema, da fome, das enfermidades, do analfabetismo, que aflige ainda a grande parte da humanidade».
A voz do Papa une-se assim à dos bispos dos países do G8, os quais dirigiram uma carta a seus governantes, pedindo-lhes que mantenham seu compromisso, adotado na reunião de 2005, de destinar cada ano 50 bilhões de dólares para ajuda ao desenvolvimento, até 2010.
«Uno-se também a este grave chamado à solidariedade», afirmou o Papa.
O pontífice dirigiu-se «aos participantes no encontro de Hokkaido-Toyako», e lhes pediu que «no centro de suas deliberações ponham as necessidades das populações mais fracas e mais pobres».
Estes países, afirmou, são «cada vez mais vulneráveis por causa das especulações e das turbulências financeiras e de seus efeitos perversos sobre os preços dos alimentos e da energia».
«Auguro que a generosidade e a longanimidade ajudem a tomar decisões de face a relançar um processo eqüitativo de desenvolvimento integral, para salvaguardar a dignidade humana», acrescentou o Papa.
Também o cardeal Oscar Rodríguez Maradiaga, presidente da Cáritas Internacional, expressou seu apoio a este chamado à solidariedade, afirmando que o G8 «deve adotar medidas urgentes para poder alcançar um dos principais Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a drástica redução da pobreza antes de 2015».
O cardeal pediu aos líderes que «mantenham as promessas feitas no passado sobre a quantidade e a qualidade das ajudas».

Diálogo Inter-religioso como modo de vida

O Arcebispo Michael Fitzgerald, Núncio Papal no Egito fala a partir de Sydney da dimensão ecumênica do Dia Mundial da Juventude.

“É uma excelente iniciativa. Parece-me muito importante que esta dimensão faça parte do Dia Mundial da Juventude, de fato é hoje uma dimensão da vida cristã.”
Ele explica que o diálogo com crentes de outras religiões não deve limitar-se apenas a grandes eventos oficiais, mas deve ser uma forma de vida para os católicos.
“Não tem de aparecer todas as vezes em primeira página dos jornais. Nem sempre. Não tem de ser sempre o Dia Mundial da Juventude. Pode ser coisas simples, as pessoas do bairro juntarem-se, conhecerem-se, celebrar juntas os dias de festa, ou convidar para os seus dias de festa.”
O diálogo, disse, não significa comprometer doutrinas inerentes, mas antes é uma aproximação de abertura e respeito mútuo.
“Porque às vezes existe o medo de que se te aproximas de pessoas de outras religiões logo estás necessariamente diluindo a tua própria fé. E este não é o caso. Um bom exemplo disso é João Paulo II.”
De acordo com o Arcebispo, ex-presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, a interação de budistas, muçulmanos e cristãos de várias denominações no Dia Mundial da Juventude é algo muito positivo.
“Quanto mais nos encontramos, nos damos a conhecer e estamos dispostos a colaborar tanto melhor será.”
(Fonte: Agência H2O News.)

CNBB incentiva ação contra aborto

Comissão do Congresso rejeitou projeto anti-vida

Na quarta-feira, dia 11, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados do Brasil rejeitou o projeto de lei que legalizaria o aborto no Brasil (PL 1135/91).
A matéria já havia sido rejeitada pela Comissão de Seguridade Social e Família, no dia 7 de maio.
Em nota divulgada essa quinta-feira, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) afirma que, «após longo debate, concluiu-se que tal projeto de lei é inconstitucional, e que o direito à vida, assegurado no artigo 5º da Constituição Federal, constitui um valor supremo, do qual decorrem todos os demais direitos».
Assim --destaca o texto, assinado pelo secretário-geral, Dom Dimas Lara--, «mais uma vez, foi respeitada a voz da grande maioria da população brasileira, que é decididamente contrária à prática do aborto e que defende a vida e a dignidade humana, desde a fecundação, até seu declino natural».
A nota recorda que na Carta Encíclica Evangelium vitae, o Papa João Paulo II afirma que “o ser humano deve ser respeitado e tratado como uma pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse mesmo momento, devem-lhe ser reconhecidos os direitos da pessoa, entre os quais e primeiro de todos, o direito inviolável de cada ser humano inocente à vida” (EV 60).
«Assim, matar um ser humano é sinal de desvalorização da vida, que precisa ser protegida em toda e qualquer circunstâncias, independentemente de há quanto tempo e de como está existindo», afirma o organismo episcopal.
A CNBB dirige uma palavra de «incentivo e reconhecimento a todos os deputados e deputadas que votaram pela vida dos nascituros, bem como aos Movimentos em Defesa da Vida».
A Conferência também louva o trabalho daqueles que, «de alguma forma se empenham firmemente na difícil tarefa de promover e defender a vida humana, compreendida como dom de Deus e co-responsabilidade de todos, da concepção até sua morte natural».
(Fonte: Agência ZENIT.)

Papa convida os líderes religiosos a unirem-se em prol da paz

A religião deve ser fator de paz e não de violência, testemunho de amizade e convivência recíproca e não de ódio. No âmbito do compromisso para a reconciliação dos povos e do diálogo inter-religioso realizou-se, na Catedral de Santa Maria em Sydney, o encontro de Bento XVI com cerca de quarenta líderes de todas as confissões. “Em um mundo ameaçado por sinistras e indiscriminadas formas de violência”, disse o Papa, as religiões estimulam “as nações e as comunidades a resolverem os conflitos com instrumentos pacíficos no pleno respeito da dignidade humana”. A esse propósito, Bento XVI recordou que “as relações humanas não podem ser definidas em termos de poder, domínio e interesse pessoal”. O papa voltou em seguida ao tema da tutela do ambiente. Ensinando a “temperança e a abnegação e o uso moderado dos bens terrenos” disse o Pontífice, as religiões levam homens e mulheres a “considerar o ambiente como uma coisa maravilhosa a ser admirada e respeitada ao invés de uma coisa útil simplesmente a ser consumada”. As confissões, sublinhou o papa, devem cooperar também na educação dos jovens, como ocorre na Austrália, onde “a religião foi um fator motivador na fundação de muitas instituições educacionais, e com todo o direito continua a ocupar hoje um seu lugar nos currículos escolares”.
(Fonte: Agência ZENIT.)

60º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”. Esse é o artigo número 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 60 anos em 10 de dezembro. O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil, em parceria com outras entidades, realiza neste domingo (20/7), em São Paulo, dois eventos comemorativos do aniversário da Declaração, um dos documentos mais importantes de suporte à paz universal.
Após abertura solene, às 15h, houve o lançamento do “Troféu Especial de Imprensa ONU: 60 Anos de Direitos Humanos” e a entrega do Prêmio Vladimir Herzog, na Cúria Metropolitana da Arquidiocese de São Paulo. Às 18h, em endereço próximo, no Colégio Sion, a Comunidade Coral Luther King apresentou o Concerto sobre a Justiça, com o Maestro Martinho Lutero e a participação especial de Eva Wilma. O evento tem também o apoio da Comissão de Justiça e Paz (SP); comissão do Prêmio Vladimir Herzog; Oboré Projetos Especiais; e Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
(Fonte: Ed. Cidade Nova na internet.)