terça-feira, 27 de novembro de 2007

Defesa da vida: relator de projeto é contra aborto

O atual relator do Projeto de Lei (PL) 1135/91, deputado Jorge Tadeu Mudalen, afirmou que é contra o aborto. O PL 1135/91, de autoria dos ex-deputados Eduardo Jorge e Sandra Starling, legaliza o aborto em qualquer circunstância. Mudalen defende a rejeição do Projeto. Ele também pede a rejeição do PL 176/95, que permite o aborto até o nonagésimo dia de gravidez e obriga a rede hospitalar pública a realizar o procedimento. O PL 1135/91 revoga o artigo 124 do Código Penal, que prevê detenção de um a três anos para a gestante que provocar aborto ou consentir que outro o faça.
Rejeição do aborto como política pública de saúde
"É necessário nos posicionarmos sobre uma questão que perdura nesta Casa há dezesseis anos", afirmou Mudalen na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara, sobre a urgência de votar a proposta. A comissão realizou três audiências públicas para discutir o tema. Em seu relatório, Mudalen optou por rebater os argumentos favoráveis ao aborto levantados nessas reuniões a partir de duas perspectivas: a de que mulher que pratica o aborto necessita de apoio por meio de políticas públicas; e a de que o ordenamento jurídico deve ser uma diretriz para as ações da sociedade.
Aborto não é saída para problemas sociais
"A prática do aborto é a culminância de um longo processo tortuoso em que a gestante não pôde ser atendida de forma adequada em várias fases de sua vida. Não contamos ainda no Brasil com um programa de esclarecimento sobre o planejamento familiar, ainda há problemas na área de assistência social, de geração de emprego. Não é adequado acreditar que uma questão pontual seja capaz de dar uma solução adequada a um quadro tão problemático", ponderou.
Pedido de vista adia discussão sobre PL 1135/91
O relatório do deputado Jorge Tadeu Mudalen, que é contrário à descriminalização do aborto, foi distribuído aos integrantes da Comissão de Seguridade Social e Família (21/4) mas não chegou a ser lido devido a um pedido de vista apresentado por outros dois deputados da comissão. O relator acredita que seu parecer será aprovado. "Acho que vamos votar o relatório em dezembro e vamos ganhar, afirmou.
As informações são da Agência Câmara.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Gen Rosso chega ao Marrocos: da Universidade ao Palácio do Sultão


O concerto “Zenit World Tour”: diálogo entre culturas, emoções e reflexões

O grupo musical internacional Gen Rosso transcorreu, em Tanger, cinco dias intensos e plenos de imersão em um povo acolhedor e rico da tradição e da cultura islâmica. Etapas com diferentes facetas: na Faculdade de Economia e Comércio com um clube artístico-musical de estudantes; nas ruas do centro histórico o encontro com um grupo originário do Senegal que deseja transmitir, por meio da música, os valores de seus antepassados; no Salão de Atos da Universidade, com o grande concerto para os estudantes, e finalmente, num cenário de “mil e uma noites” o concerto no Palácio do Sultão.
Com os jovens da Universidade – Amor, perdão e acolhida do outro para compor juntos uma grande “constelação”, foi a mensagem transmitida no concerto do Salão de Atos. “Impacto instantâneo” entre os 400 estudantes e o Gen Rosso, como notificou a imprensa nacional, surpresa por tanto entusiasmo, com entrevistas ao vivo. Um dos amigos muçulmanos dizia: “Vocês tocaram o coração dos jovens muçulmanos, vocês falam com a mesma linguagem deles”. E um estudante: “Vocês trouxeram os corações de vocês e assim chegaram até os nossos!”.
No “Palais Moulay Hafid”, o Palácio do Sultão, foi grande a sintonia com o público que acolheu a mensagem com muita alegria e participação. O show provoca emoções que suscitam um diálogo espontâneo, desejo de conhecer-se, de aprofundar a amizade que acabou de nascer, mas que traz em si o DNA da fraternidade.

Gen Rosso background – Da sua fundação até hoje passaram pelo Gen Rosso mais de 200 artistas e técnicos; esteve em 44 países da Europa, Ásia, América do Norte e do Sul, África e Oriente Médio, com 2.500 shows em 220 turnês; 24 línguas cantadas, 60 manifestações internacionais, 250 workshops e mais de 5 milhões de expectadores. A discografia conta 54 álbuns com 320 canções publicadas. O Gen Rosso tocou em contextos sociais diversificados quanto à realidade racial, religião e cultura, muitas vezes saindo das rotas habituais de suas turnês para projetos de solidariedade, associações humanitárias e penitenciárias.
(Fonte: Movimento dos Focolares na internet. www.focolare.org em 20/11/07)

terça-feira, 13 de novembro de 2007

“E qual a grande nação que tenha leis e decretos tão justos quanto toda esta Lei que hoje vos proponho?” (Dt 4,8)

Novembro de 2007

Para o povo de Israel, o caminho de quarenta anos no deserto foi um tempo de provação e de graça. Deus purificou o seu coração e lhe mostrou o Seu imenso amor.Como o povo estava para entrar na terra prometida, Moisés relembrou a experiência vivida. De modo particular, ele mencionou o maior dom recebido: a lei de Deus – sintetizada nos Dez Mandamentos – e convidou o povo inteiro a colocá-la em prática.À medida que Moisés apresentava os ensinamentos de Deus, ficava tão encantado com o modo pelo qual Deus se aproximou do seu povo, cuidou dele, ensinou-lhe normas de vida tão sábias, que exclamou:
“E qual a grande nação que tenha leis e decretos tão justos quanto toda esta Lei que hoje vos proponho?”
Deus gravou a sua lei no coração de cada ser humano e falou a todos os povos em modos e tempos diferentes. Todos os homens podem se alegrar com o amor que Deus tem por eles. Mas nem sempre é fácil entender o desígnio de Deus para a humanidade. Por isso, Ele escolheu um pequeno povo, o de Israel, para comunicar mais claramente o seu plano. Finalmente enviou o seu Filho, Jesus, que revelou em plenitude o rosto de Deus, manifestando-o como Amor e condensando a Sua lei em um único mandamento: amar a Deus e o próximo.A grandeza de um povo e de cada ser humano é demonstrada pela adesão à lei de Deus com um sim pessoal. Essa adesão não é uma superestrutura artificial, muito menos uma alienação; não é resignação a uma sorte mais ou menos boa, nem mesmo aceitar passivamente uma fatalidade, como quase se pensasse: isso já foi estabelecido, este é o destino, tem que acontecer.Não. Essa adesão é tudo o que de melhor se possa pensar para o ser humano. É cooperar para fazer emergir o grande desígnio que Deus tem para cada pessoa e para a humanidade inteira: fazer dela uma única família, unida pelo amor, e levá-la a viver a Sua mesma vida divina.Então, também nós podemos exclamar, como Moisés:
“E qual a grande nação que tenha leis e decretos tão justos quanto toda esta Lei que hoje vos proponho?”
Como viver, durante o mês, essa Palavra de Vida?Penetrando no coração da lei divina que Jesus sintetizou no único preceito do amor.E se verificarmos os Dez Mandamentos, que Deus nos doou no Antigo Testamento, poderemos constatar que, amando realmente a Deus e o próximo, vivemos todos perfeitamente.Não é verdade que quem ama a Deus não pode admitir outros deuses no seu coração?Que quem ama a Deus considera o Seu nome sagrado e não o pronuncia em vão?Que quem ama é feliz em poder dedicar ao menos um dia da semana Àquele a quem mais ama?Não é verdade que quem ama cada próximo não pode deixar de amar os próprios pais? E não é evidente que quem ama os outros não é capaz de roubá-los, de matá-los, de explorá-los para os próprios prazeres egoístas, de levantar falso testemunho contra eles?E ainda, não é verdade que o seu coração já está pleno e satisfeito e, por isso, não sente o desejo de possuir os bens e as pessoas ligadas aos demais?É assim mesmo: quem ama não comete pecado, observa toda a lei de Deus.
Várias vezes eu mesma experimentei isso nas minhas viagens, encontrando os mais diferentes povos e etnias. Em 2000, quando visitei o povo Bangwa, em Fontem, na República dos Camarões, fiquei muito impressionada pelo modo com o qual esse povo acolheu, com uma nova disposição, o meu convite para amar.Durante o dia, de vez em quando, perguntemo-nos se as nossas ações são imbuídas de amor. Se for assim, a nossa vida não será inútil, mas será uma contribuição para a realização do desígnio de Deus para a humanidade.

Chiara Lubich

Famílias Novas: sinal de esperança

O Papa Bento XVI saudou em recente audiência no Vaticano o Movimento Famílias Novas. Ele recebeu uma delegação de cerca de 400 representantes do setor do Movimento dos Focolares dedicado às questões e aos desafios familiares da atualidade. Os Focolares, fundados em 1943, deram origem em 1967 ao "Famílias Novas", que por ocasião da audiência com Ratzinger (3/11) completava 40 anos. Segundo a Rádio Vaticana (RV), o Pontífice estimulou o movimento a fundamentar a instituição familiar “sobre a rocha de um cristianismo maduro”.
O sucessor de Pedro estimulou todos a defender “com amor a vida doméstica e com o mesmo amor contribuir para aliviar os males da sociedade”.
E a RV prossegue, citando o Papa a respeito do tipo de família que caracteriza Famílias Novas (FN): uma família que faz a escolha de estar aberta à vida, que educa os filhos nos valores do Evangelho; que encontra momentos de oração em casa; que encoraja namorados e noivos a acreditar num projeto comum, mais que nas forças que os desencorajam; uma família que protege os idosos em vez de abandoná-los; que abre as portas a quem precisa de ajuda, porque prefere a solidariedade e não a indiferença.
(Fonte: Editora Cidade Nova na internet. www.cidadenova.org.br, de 08/11/07)