terça-feira, 11 de setembro de 2007

Nova Humanidade traz experiências vividas por pessoas dos mais diversos ambientes que antecipam a construção de uma nova sociedade

«Reencontrei a liberdade: agora posso trabalhar segundo a minha consciência»

Uma jornalista política decide de mudar de redação, mesmo com um salário mais baixo e com menor prestígio, para não se dobrar à lógica do poder

"Para mim, ser livre significa também ter a coragem de caminhar contra a corrente. No Brasil eu trabalhava numa TV local, como jornalista política. Nessa TV buscávamos ter um índice alto de audiência para conseguir patrocínio de multinacionais e de pessoas abastadas.
No período das eleições, muitos candidatos pagavam para ter notícias favoráveis a eles e a seus partidos. Por isso muitas vezes acontecia de já termos material pronto e de não poder colocá-lo no ar por ser contrário aos interesses daquele “político amigo”.
Eu me sentia limitada não só pela minha liberdade pessoal, mas também pela do público, que era constrangido a receber notícias tendenciosas e parciais, mesmo se não eram propriamente falsas. Quando decidi conversar sobre isso com meu chefe ele me ridicularizou, dizendo que eu era ingênua.

Algum tempo depois, meu chefe abandonou o emprego em troca de um cargo numa televisão mais séria e importante. Justamente por conhecer os meus princípios, me convidou para trabalhar com ele. O salário seria mais baixo, mas eu poderia trabalhar segundo a minha consciência. Aceitei.
Nas eleições seguintes procurei fazer bem o meu trabalho, pensando sempre que de alguma forma eu poderia ajudar as pessoas que acompanhavam as nossas notícias a formar uma opinião mais verdadeira, o máximo possível, para poder decidir livremente em quem votar."
(A. B. – Brasil)

domingo, 9 de setembro de 2007

Na Áustria, Papa fala da maneira ocidental de passar o domingo


O Papa Bento XVI celebrou, neste domingo (9), sua última missa em território austríaco, em viagem de três dias pelo país europeu. Na cerimônia, que ocorreu na Catedral de São Estevão, em Viena, Bento XVI criticou a atitude ocidental de considerar o domingo como "fim de semana" e não mais como "dia sagrado".

Ele disse que, embora o tempo livre seja necessário, "se não tiver um centro, que é o encontro com Deus, acaba sendo um tempo perdido".

O pontífice começou a homilia lembrando a frase dos primeiros cristãos: "sem o dia do Senhor, não podemos viver". Bento XVI afirmou que as palavras continuam em vigor, já que o homem precisa de um "centro, uma ordem interna e uma relação com Aquele que sustenta nossa vida". Segundo o Papa, sem isso a vida está vazia, pois o domingo não é só um dia de preceito para os cristãos, mas uma necessidade.

Missa


Milhares de pessoas participaram da cerimônia, a maioria permaneceu nas praças e nas ruas adjacentes, sob uma incessante chuva. Bento XVI, que durante sua estada na Áustria falou dos problemas que afetam a sociedade ocidental, acrescentou neste domingo (9) que a "vida desvairada" de hoje "não dá tranqüilidade às pessoas" e acaba "perdida".

Se no sábado o centro da peregrinação de Bento XVI foi o santuário de Mariazell, neste domingo (9) foi a catedral de São Estevão, considerada a igreja gótica mais bonita da Áustria, construída no início do século XII. Destruída por um incêndio em 1258, foi reconstruída no formato de cruz latina e tem 136 metros de altura.

(Fonte: G1, "O Portal de Notícias da Globo. 09/09)

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Bibliotecas nas paradas de ônibus em Brasília

O açougueiro Luiz Amorim resolveu facilitar o acesso dos brasilienses aos livros, criando o projeto Parada Cultural, que já acontece há dois meses. Os livros – como informa a Agência Brasil - ficam em estantes, em seis paradas de ônibus de Brasília e quem quiser levar para casa só precisa anotar o nome e o título do livro em um caderno específico, sem prazo para devolução, sem pagar nada. Durante o dia, um funcionário faz o atendimento, mas os livros podem ser retirados também à noite. Já são mais de 9.000 títulos à disposição dos passageiros-leitores. A cada dia, cerca de 50 livros são retirados das estantes para serem levados para casa, em cada uma das unidades.

Para o idealizador do projeto, isso mostra a vontade de ler da população. “Estamos provando, com essa quantidade de livros emprestados, que o brasileiro gosta de ler, mas não tem acesso ao livro”, diz Amorim. Ele reconhece que o acesso à leitura no Brasil ainda é muito ruim e defende a democratização do acesso à leitura com a instalação de pequenas bibliotecas dentro das comunidades. “O projeto da parada de ônibus é também uma crítica ao modelo de biblioteca pública, que não é uma biblioteca popular”, opina ele.

Nova Humanidade parabeniza a iniciativa e apóia os ouvintes que se interessarem pelo projeto.