
Em tempos como o de hoje, várias vezes nos perguntamos se estamos no caminho certo, se a humanidade tem feito as escolhas certas sobre seu presente e futuro. A economia, por exemplo, está diante de uma reviravolta: os processos de globalização podem oferecer novas oportunidades a tantos excluídos do bem estar, ou transformar o mundo em um grande supermercado, onde a única forma de relacionamento humano é o econômico e tudo se torna mercadoria. Nesse contexto, surge a Economia de Comunhão (EdC), resposta suscitada para dar uma alma à era da globalização. Criada aqui no Brasil, em 1991, EdC foi projeto de Chiara Lubich, que se chocou com a extrema pobreza e enorme quantidade de favelas. Foi tomada por forte impressão, devido principalmente ao enorme contraste entre aqueles barracos e tantos e modernos arranha-céus. “É preciso suscitar, no mundo, uma comunhão de bens mais justa e a solidariedade entre todos. Mas sabemos que os bens não se movem sozinhos. É preciso antes mobilizar os corações, difundindo, da forma mais ampla possível, a idéia e a prática da fraternidade. A 'Economia de Comunhão' confirma isso de um modo extraordinário: uma experiência de economia solidária.” (Chiara Lubich)
A idéia-inspiração, portanto, direcionada aos envolvidos no meio empresarial, foi aquela de estender a dinâmica da comunhão entre as pessoas da própria empresa, convidando-as a colocar em comum os próprios dons. A condição prévia era que a empresa fosse eficiente. EdC trata-se de uma rede mundial de iniciativas empresariais e de pessoas, que têm por fundamento a ‘cultura da partilha’, derivada da prática da comunhão dos bens, ou seja, da comunhão de recursos materiais e espirituais colocados em circulação no tecido social, tendo em vista a realização plena da justiça. Os empresários que livremente aderem ao projeto decidem colocar em comunhão os lucros da empresa segundo três finalidades de igual relevância: ajudar as pessoas em dificuldade financeira, criando novos postos de trabalho e suprimindo suas necessidades elementares; difundir a "cultura da partilha" sem a qual é impossível realizar uma Economia de Comunhão; desenvolver a empresa, que deve ser eficiente e permanecer aberta a esse novo estilo de gestão empresarial.
Hoje a Economia de Comunhão está difundida em aproximadamente 40 países envolvendo quase 800 empresas. Talvez nos indagássemos, é utopia uma economia de comunhão? É preferível pensá-la como uma profecia, uma realidade que antecipa, como sinal, a economia de amanhã, um amanhã que não poderá não ser de comunhão.
Diante disso, EdC promoverá em Brasília, no próximo dia 18, um fórum, com o título “Muitos desafios, uma proposta”. Será no auditório do Conselho Regional de Contabilidade (503 sul), das 14h30 às 20h. É, sem dúvidas, uma oportunidade única de descobrirmos uma nova forma de Economia, próxima do que de fato deveria permear nossa sociedade. Será emitido certificado de participação a todos os presentes do evento, que contará com a participação de especialistas na área, bem como importantes palestras sobre o projeto Economia de Comunhão. Não perca! Mais informações no nosso espaço virtual (portalnovahumanidade.blogspot.com) ou pelos telefones 8146 0029 e 3273 9483. Se desejar, mande ainda um email para o endereço edccentrooeste@gmail.com.